Foi o melhor resultado chinês em Paralimpíadas, assegurando sua quarta edição consecutiva na liderança do quadro de medalhas.
Em 2000 a China havia terminado apenas na sexta posição, com 34 medalhas de ouro e 73 no total.
Mas os investimentos do governo na inclusão social de pessoas deficientes através do esporte foram impulsionados, principalmente por meio da Federação Chinesa para Pessoas com Deficiência. Em províncias e cidades de toda a China a instituição começou a incentivar pessoas com deficiência a praticar esportes, através de programas de treinamento e organização de competições.
“Comparada com muitos países em desenvolvimento onde a estrutura é fraca, às vezes devido à falta de recursos, a China possui uma estrutura expressiva e investiu muito dinheiro nisso”, declarou à BBC Brasil Alessandra Aresu, da ONG Handicap International na China.
Na edição seguinte dos Jogos Paralímpicos, em 2004 na Grécia, a China já era líder, com 63 medalhas de ouro e 141 no total.
Os Jogos de Pequim em 2008 viram o número de medalhas do ouro crescer mais ainda: 89, com 211 no total. Quatro anos depois, em Londres, mais um aumento no número de medalhas: 231, com 95 de ouro.
Na Rio 2016, a China foi a maior delegação, com 310 atletas. Participou em 22 esportes e subiu ao pódio em diversas modalidades do atletismo, ciclismo, lutas, tênis de mesa, tiros e principalmente na natação, esporte em que, até alguns anos atrás, não tinha tradição. Neste último esporte, foram nada menos do que 37 medalhas de ouro, 30 de prata e 25 de bronze.
A China também quebrou mais recordes nesta edição de Jogos Paralímpicos: 58.
Com as 107 medalhas de ouro e a primeira colocação no quadro de medalhas, a potência asiática terminou à frente de Grã-Bretanha (em 2º, com 64 medalhas de ouro), Ucrânia (em 3º, com 41), Estados Unidos (em 4º, com 40) e Austrália (em 5º, com 22).
A Rússia, segunda colocada nas Paralimpíadas anteriores e favorita para terminar nas primeiras colocações, foi impedida de participar pelo Comitê Paralímpico International, apesar de seus atletas paralímpicos não estarem envolvidos em esquemas comprovados de dopagem generalizada.
O Brasil, país sede, ficou na 8ª posição, com 14 medalhas de ouro, 29 de prata e 29 de bronze.