a Rússia convocou uma reunião do conselho, depois que os Estados Unidos violaram o acordo de cessar-fogo e dispararam contra o Exército sírio, num ataque que foi interpretado como uma ajuda ao Estado Islâmico
Agência Sputinik – No sábado à noite, a Rússia convocou uma sessão de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas para tratar dos ataques aéreos da coalizão liderada pelos EUA contra o Exército sírio, que, segundo Moscou, enfraquecem o histórico acordo de cessar-fogo que entrou em vigor no início desta semana. Os ataques deixaram 80 soldados sírios mortos e por volta de 100 pessoas feridas.
Antes da reunião, quando o representante permanente da Federação da Rússia já estava presente na sala de consultas da ONU, a representante dos EUA se aproximou dos jornalistas e chamou a iniciativa russa de convocar a reunião de "ação cínica e hipócrita".
Churkin, por sua vez, falou à mídia sobre o comportamento "estranho" de Samantha Power. "Quando os representantes se reuniram na sala de consultas, comecei a partilhar minhas preocupações com os membros do Conselho, e como se viu, ela se aproximou da mídia e, sem me ouvir, começou a criticar e a culpar a Rússia, criticando-nos mesmo por termos convocado esta reunião", disse ele.
De acordo com Churkin, Samantha Power entrou na sala de consultas já depois do fim da intervenção do representante russo e disse que para ela não era interessante ouvir o que ele dizia e que "tudo isso não passava de um truque, etc.".
"Da parte dela, isto mostra uma atitude provocadora sem precedentes. Nestas condições, eu também não estou interessado em saber como ela nos vai acusar de todos os pecados mortais, e, por seu lado, também saí. Na sala ficou só a nossa delegação", disse o representante permanente da Rússia.