A polícia sul-africana atuou junto à reitoria da universidade na repressão aos estudantes, que exigem o direito de educação à maioria negra no país e há meses protagonizam imensos protestos, que levaram à derrubada da estátua de Cecil Rhodes, magnata imperial britânico durante o período colonial.
Os manifestantes atiraram pedras contra seguranças particulares que portavam escudos de proteção, enquanto a polícia disparava balas de borracha e gás lacrimogêneo para dispersar a multidão no campus de Joanesburgo.
Semanas de manifestações contra o custo da educação universitária, que é proibitivo para muitos alunos negros, vêm enfatizando a frustração com as desigualdades que persistem mais de duas décadas após o fim do apartheid.
Os protestos irromperam em todo o país após o governo do presidente Jacob Zuma ter dito que continuaria subsidiando o custo da educação universitária para os estudantes mais pobres, mas que não poderia conceder educação gratuita para todos
Uma porta-voz da universidade informou mais cedo que a Wits havia reaberto. Em um comunicado subsequente, a Wits disse: "A maioria das aulas foram retomadas nesta manhã, mas voltaram a ser interrompidas por grandes grupos de manifestantes".
"Exortamos os estudantes e os funcionários a retomarem as aulas nesta semana, mesmo que haja interrupções."
A rede de televisão eNCA noticiou que houve confrontos entre estudantes e a polícia na Universidade do Estado Livre de Bloemfontein, 400 km ao sul de Joanesburgo.
O levante, com fluxo e refluxos, do movimento estudantil sul-africano é um emblema das lutas de juventude no mundo.