Para o líder árabe, a Síria é historicamente um local estratégico por sua posição geográfica que divide diferentes culturas e por isso seu controle é importante para poder controlar todo o Oriente Médio.
“A Síria é um país independente e o Ocidente nunca aceitará a independência de nenhum país, seja a pequena Síria ou a grande Rússia”, declarou, em entrevista ao site russo Komsomolskaya Pravda. “Ao observar a antiga cooperação entre a Rússia e a Síria, o Ocidente aposta em que a destruição da Síria também tenha um impacto negativo na Rússia”, completou.
A Rússia, por ser aliada de Damasco e contar com amplos conhecimentos militares da região, está ajudando a combater os terroristas, ao contrário dos EUA. “Os russos entendem que o terrorismo cresceu de forma constante, enquanto que os estadunidenses, desde a guerra no Afeganistão nos anos 80, acreditam que o terrorismo é um instrumento ao qual sempre se pode recorrer”, explicou o presidente, ao lembrar que os grupos terroristas ganharam força por causa do apoio do Ocidente e de regimes árabes. No entanto, a ajuda da Rússia “mudou de maneira fundamental o equilíbrio de poder ao nosso favor”, observou.
Assad aproveitou a ocasião para denunciar uma vez mais o apoio do Ocidente e dos EUA aos grupos terroristas que buscam a queda de seu governo e levam a cabo uma guerra civil que já dura mais de cinco anos. Os meios de comunicação ocidentais, novamente, utilizaram as declarações do presidente sírio sobre a cooperação com a Rússia para deturpar suas declarações e acusar o governo sírio e as forças russas de destruição e mortes de civis nos territórios sírios controlados por terroristas.