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Diário Liberdade
Quinta, 12 Janeiro 2017 14:33

A finca do Maxi: umha pontualizaçom e várias perguntas

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Ramiro Vidal

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Em datas recentes, a entidade que presido, Santa Cruz Aberta ao Mar, publicou um comunicado criticando o facto de que o Presidente da Câmara Municipal de Oleiros, Ángel García Seoane, chamasse aos corunheses a mobilizar-se polos terrenos da Solana, que a Autoridade Portuária pretende subastar, entrando numha clara contradiçom com a sua atitude no concelho que ele governa a respeito da parcela do Maxi em Santa Cruz. A raíz do comunicado, fum entrevistado polo rotativo La Opinión de A Coruña, e nessa breve entrevista manifestei que haveria resposta às declaraçons de García Seoane (em realidade o comunicado já pretende ser umha resposta) mas que ainda teriamos que estudar quais seriam as iniciativas a tomar (pronto se conhecerám essas novas açons).


A contra-réplica do Presidente da Câmara chegou desde a Cadena Ser, em forma de insulto; insultos contra mim absolutamente injustificados e desproporcionados e insultos e desprezo contra a nossa associaçom.

Nom há maior desprezo do que a negaçom, o problema é que por muito que o senhor García Seoane negue a existência de Santa Cruz Aberta ao Mar, sabe que a associaçom existe legalmente, e que muito antes de que existisse como tal já existia a plataforma com o mesmo nome. Dizer que Santa Cruz Aberta ao Mar a inventei eu é simplesmente mentira, as origens de Santa Cruz Aberta ao Mar remontam-se a umha assembleia aberta celebrada no terreno do Maxi. A minha incorporaçom foi bastante posterior a aquela assembleia.

Que quem somos? Pois depende... o núcleo duro da associaçom é com certeza um número reduzido de pessoas, a corrente de opiniom que representamos é bastante mais ampla e nela haveria que incluir como mínimo a todas as pessoas que assinarom quando recabávamos apoios contra o hotel, além de todas as pessoas que nom o fixerom por medo a possíveis repressálias.

Das parvoíces que di García Seoane a respeito do que reivindicamos, todas essas incongruências e infúndios, nada que comentar já, porque repetir-se é umha perda de tempo. As hemerotecas contenhem informaçom bastante esclarecedora sobre essa questom.

Perguntas que García Seoane nunca responderá

Seguimos sem ter resposta para muitos interrogantes que se abrem a esta altura dos acontecimentos. A primeira é porquê nunca o Presidente da Câmara Municipal quixo falar com Santa Cruz Aberta ao Mar. Como associaçom legalmente constituida e personada no expediente do Maxi representando interesses legítimos, temos direito a audiência. Dar-nos audiência nom compromete a nada; nem a dar-nos a razom, nem a acceder a umha soa das nossas reivindicaçons e, além disso, é umha oportunidade para demostrar-nos que ele tem razom (a nom ser que nom a tenha).

Em todo caso, se tam poderosas e incontestáveis razons lhe assistem para nom modificar a sua postura, porquê cada vez que lhe mencionam o tema perde os papeis e responde insultando? Quê há de inconfessável em todo este assunto? O que nos leva ao que já manifestei na entrevista que me fixerom em La Opinión: invoca-se à mobilizaçom popular na Corunha polos terrenos da Solana e em Oleiros difama-se e insulta-se a toda umha corrente de opiniom formada por centos de pessoas que discrepa pola ubicaçom de um hotel. Algumha cousa nom encaixa nisto tudo...

O que temos absolutamente claro em Santa Cruz Aberta ao Mar é que as conseqüências de constroir o novo hotel onde o estám a constroir só podem ser negativas; de um ponto de vista ambiental e paisagístico, e também de um ponto de vista patrimonial. É restaurar um problema que se poderia ter corrigido. O tapom urbanístico que tapava um ângulo estratégico da costa e ocultava o emblema do nosso povo, o castelo, podia ser removido. Mas García Seoane espera secretamente algumha contrapartida ou benefício desta operaçom: Qual será? Algumha cousa tem em jogo o Presidente da Câmara para tomar partido a favor de interesses particulares tam paladinamente.

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