"O reconhecimento da sua função como docentes, a criação do grupo de recrutamento de LGP e a colocação, já no ano letivo 2017/2018, como docentes de LGP, independentemente da natureza do contrato que vier a ser celebrado, a termo ou por tempo indeterminado", são as três exigências que constam da "tomada de posição" aprovada por unanimidade pelos participantes na concentração e entregue a elementos do Ministério por uma delegação integrada por dirigentes da FENPROF e da AFOMOS.
Por não haver grupo de recrutamento, os docentes de LGP são contratados como técnicos especializados, colocados muito depois do início das aulas, sem direito a estabilidade ( são despedidos todos os anos, alguns há mais de 20 anos), com horários de trabalho desregulados, sem acesso a carreira e sem reconhecimento da sua função, que é docente. Auferem salário, por norma, devido ao momento tardio da sua contratação, durante apenas 9 ou 10 meses e não vêem a sua situação profissional regulada pelas normas dos restantes professores, visto serem contratados como técnicos superiores especializados.
Mário Nogueira, Secretário Geral da FENPROF destacou a forte mobilização desta jornada e referiu que a injustiça que marca a vida profissional destes docentes acaba por trazer prejuízos para os alunos e o ensino.
O Secretário Geral da FENPROF, (apoiado pelo intérprete Luis Oriola) manifestou, noutra passagem, a disponibilidade da FENPROF e da AFOMOS para darem os seus contributos num necessário processo de discussão e negociação tendo como objetivo a definição de habilitações, profissionalização e certificação de competências por parte de quem já exerce funções no âmbito da disciplina de LGP. Para já, o fundamental é a criação do grupo disciplinar.
O protesto teve várias intervenções, entre as quais as de Jorge Rodrigues, da Associação Portuguesa de Surdos e de Alexandra Perry, Presidente da AFOMOS. Falou também um representante da Federação Portuguesa das Associações de Surdos.