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Quarta, 25 Janeiro 2017 12:47

Imigrantes manifestam-se em Lisboa contra a burocracia do SEF

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País: Portugal / Migraçons / Fonte: Esquerda

Centenas de imigrantes manifestaram-se junto às instalações do SEF para exigir documentos de residência. Jorge Costa manifestou solidariedade com esta luta lamentando o atraso e a burocracia de que são vítimas estes cidadãos.

Os cartazes e palavras de ordem exigindo justiça voltaram a ouvir-se esta segunda-feira junto às instalações do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), em Lisboa, devido à morosidade dos serviços daquele organismo em facultar vistos de residência aos imigrantes.

O presidente da Associação Solidariedade Imigrante (ASI), Timóteo Macedo, disse ao esquerda.net que "o SEF está em falta uma vez que se tinha comprometido a resolver esta situação até ao final de 2016".

“Não o fez e nós estamos aqui novamente porque queremos ter uma reunião com a Direção Nacional do SEF com vista a exigir de uma vez por todas a resolução deste problema que afeta cerca de 3 mil pessoas que vivem e trabalham em Portugal e estão presas à ineficácia e falta de organização dos serviços”, afirmou Timóteo Macedo.

Para o responsável daquela associação, o arrastamento deste problema é inconcebível, tanto mais que a justificação para o mesmo radica "na falta de funcionários dos serviços".

“Não podem ser os imigrantes a pagar o preço de questões que não lhe compete resolver, tanto mais que eles cumpriram todos os procedimentos legais e estão a aguardar há meses e até anos pela autorização de residência para que, desta forma, possam estabilizar a sua vida profissional e familiar", sublinhou.

Timóteo Macedo chamou ainda a atenção para o facto do Provedor de Justiça já ser ter pronunciado para a ilegalidade que representa o facto de haver imigrantes que já tinham os processos deferidos terem visto os mesmos sido anulados para voltarem a ser analisados.

“Esta situação é ilegal e veio complicar ainda mais a vida de muitas destas pessoas que assim continuam a ser vítimas dos consecutivos bloqueamentos resultantes da inoperância do SEF”.

O deputado do Bloco Jorge Costa lamentou a situação em que se encontram os imigrantes e manifestou "a solidariedade do Bloco com a sua luta”.

No contacto que estabeleceu com vários imigrantes disse não ter dúvidas que a maioria dos cidadãos portugueses está solidária com a luta que está a ser travada e querem que eles continuem a viver no nosso país em condições dignas e com os direitos que lhes são devidos.

“Um labirinto que parece não ter fim”

Presente na concentração, o cidadão paquistanês, Adil Mehmmod abana a cabeça antes de dizer que já não sabe o que há-de fazer para resolver a sua situação. Está em Portugal há quase dois anos e porque não consegue arranjar um documento da Segurança Social não consegue obter o visto de residência.

Tem o emprego em risco e vê a sua vida complicar-se num labirinto que parece não ter um fim à vista.

E repete que não sabe o que há-de fazer já que as exigências são muitas para uma solução que nunca mais surge”.

“Quero trabalhar e viver em Portugal mas assim não consigo estabilidade e sei que corro alguns riscos.” declara.

À medida que vai contando a sua história sobem de tom as palavras de ordem como “"Documentos para todos”.

Nas mãos, muitos imigrantes seguram o documento do SEF comprovativo do pedido de visto de residência alguns deles com datas que remontam a 2015 ou ainda mais antigas.

É o caso de Hassan que se aproxima para dizer que está em Portugal desde 2014 e entregou o seu pedido ao SEF em março do ano passado.

“Tenho trabalho, tenho família e sou obrigado a viver nesta situação que é angustiante porque acarreta incerteza e não permite que possamos invocar os nossos direitos”. afirma.

“Não somos e não queremos que nos transformem em cidadãos de segunda. Exigimos que nos resolvam este problema", diz para concluir: "Somos pessoas cumpridoras, que querem viver e trabalhar em paz em Portugal”.

Recorde-se que no passado dia 13 de janeiro, cerca de dois mil imigrantes manifestaram-se em Lisboa para exigir alterações legislativas com vista à regularização da sua situação em Portugal.

Na altura, Timóteo Macedo afirmou que “se não forem aqueles que são as primeiras vítimas da exploração e da exclusão social a exigir serem tratados com respeito, ninguém fará nada”.

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