No total, a GE vai despedir 12 mil trabalhadores, 18% da sua força de trabalho a nível mundial. Saliente-se que, no caso português, à semelhança do que acontece em muitos outros casos, houve apoio financeiro do anterior governo e do AICEP à empresa para investimentos e criação de mais postos de trabalho.
Em 2017, chegou a ser anunciado pela administração da própria empresa um grande plano de trabalho previsto para 2018, anúncio este que, à vista dos recentes desenvolvimentos, apenas pretenderia desviar as atenções do anterior incumprimento do contrato com o Estado por parte da empresa.
Ainda em 2017, em Outubro, e face a esse incumprimento, o actual governo havia de acabar por decretar a resolução do dito contrato e exigir a devolução do incentivo financeiro anteriormente pago. Veio depois a público a decisão que a GE certamente não congeminou do dia para a noite: encerrar a fábrica de Setúbal.
Tal encerramento é fortemente contestado pelos trabalhadores. E, a confirmar-se o fim da empresa, não serão apenas os 200 trabalhadores anunciados a ser despedidos, mas cerca de 400 postos trabalho directos e indirectos a serem eliminados, considerando os trabalhadores que laboram diariamente na fábrica e os de outras empresas que trabalham para a GE, como destaca o sindicato.