Publicidade

Diário Liberdade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Segunda, 29 Agosto 2016 13:22 Última modificação em Segunda, 29 Agosto 2016 16:25

O viveiro de aquicultura da Pescanova em Mira, na Galiza, um dos motivos da crise da Caixa Geral de Depósitos

Avalie este item
(0 votos)
País: Portugal / Laboral/Economia / Fonte: Praza Pública

Caixa Geral de Depósitos, a maior entidade financeira de Portugal (representa quase quarta parte do mercado no país), atravessa uma profunda crise, cuja verdadeira dimensão acabou de ser revelada com detalhe nas últimas semanas. Faz alguns dias o Governo português acordou com a Comissão Europeia um plano para recapitalizar o banco público com 4.600 milhões de euros, dos que 2.700 milhões procederão do tesouro público, para além de levar a cabo uma "profunda reestruturação" da entidade, sobre a que voa a ameaça da privatização. Na última década os bancos portugueses receberam mais de 14 mil milhões de euros em ajudas públicas.

A entidade soma mas de 2.300 millhões de euros em créditos em risco de não ser devolvidos. Os efeitos da crise económica sofrida por todos os países do sul da Europa nos últimos anos deixam-se notar nas contas do banco, mas nos maus resultados chamam a atenção algumas operações de alto risco levadas a cabo pela Caixa Geral. Entre elas destaca Acuinova, o projeto de aquacultura desenvolvido por Pescanova em Mira (Galiza).

A indústria foi inaugurada em 2009, com um investimento de mais de 300 milhões de euros (58,7 procedentes do Governo português), prometendo a criação de 800 postos de trabalho e converter-se na maior planta de produção de peixes planos do planeta. Porém, nunca se chegaram a produzir as 12 mil toneladas anuais projectadas, pois os dados mais otimistas falam dentre três mil e quatro mil. E a planta ficou também muito longe dos 800 empregos prometidos, ficando por volta de 200. A crise da própria Pescanova pôs ao descoberto a realidade da indústria de Mira, que passou na prática a ser a propriedade (e o problema) das entidades financeiras que financiaram a sua construção, a começar pola própria Caixa Geral.

A ex­posição da entidade à dívida da Pescanova atinge os 130 mi­lhões de euros, ao mesmo nível que a do Deutsche Bank, e só por trás da que sofrem Sabadell, La Caixa e Abanca, [todos eles bancos estrangeiros].

A fábrica de Mira e Pescanova Portugal apresentam imparidades (crédito perdido) de 23,8 milhões de euros, e 36,1 milhões de euros de crédito em risco que contribuem a agravar a situação da Caixa Geral. Aliás, a ex­po­si­ção da entidade à dívida da Pescanova atinge os 130 mi­lhões de euros, ao mesmo nível que a do Deutsche Bank, e só por trás da que sofrem Sabadell, La Caixa e Abanca, [todos eles bancos estrangeiros].

Diário Liberdade é um projeto sem fins lucrativos, mas cuja atividade gera uns gastos fixos importantes em hosting, domínios, manutençom e programaçom. Com a tua ajuda, poderemos manter o projeto livre e fazê-lo crescer em conteúdos e funcionalidades.

Doaçom de valor livre:

Microdoaçom de 3 euro:

Adicionar comentário

Diário Liberdade defende a discussom política livre, aberta e fraterna entre as pessoas e as correntes que fam parte da esquerda revolucionária. Porém, nestas páginas nom tenhem cabimento o ataque às entidades ou às pessoas nem o insulto como alegados argumentos. Os comentários serám geridos e, no seu caso, eliminados, consoante esses critérios.
Aviso sobre Dados Pessoais: De conformidade com o estabelecido na Lei Orgánica 15/1999 de Proteçom de Dados de Caráter Pessoal, enviando o teu email estás conforme com a inclusom dos teus dados num arquivo da titularidade da AC Diário Liberdade. O fim desse arquivo é possibilitar a adequada gestom dos comentários. Possues os direitos de acesso, cancelamento, retificaçom e oposiçom desses dados, e podes exercé-los escrevendo para diarioliberdade@gmail.com, indicando no assunto do email "LOPD - Comentários".

Código de segurança
Atualizar

Publicidade
Publicidade

Quem somos | Info legal | Publicidade | Copyleft © 2010 Diário Liberdade.

Contacto: diarioliberdade [arroba] gmail.com | Telf: (+34) 717714759

O Diário Liberdade utiliza cookies para o melhor funcionamento do portal.

O uso deste site implica a aceitaçom do uso das ditas cookies. Podes obter mais informaçom aqui

Aceitar