A Caixa Geral de Depósitos, a maior entidade financeira de Portugal (representa quase quarta parte do mercado no país), atravessa uma profunda crise, cuja verdadeira dimensão acabou de ser revelada com detalhe nas últimas semanas. Faz alguns dias o Governo português acordou com a Comissão Europeia um plano para recapitalizar o banco público com 4.600 milhões de euros, dos que 2.700 milhões procederão do tesouro público, para além de levar a cabo uma "profunda reestruturação" da entidade, sobre a que voa a ameaça da privatização. Na última década os bancos portugueses receberam mais de 14 mil milhões de euros em ajudas públicas.
A fábrica de Mira e Pescanova Portugal apresentam imparidades (crédito perdido) de 23,8 milhões de euros, e 36,1 milhões de euros de crédito em risco que contribuem a agravar a situação da Caixa Geral. Aliás, a exposição da entidade à dívida da Pescanova atinge os 130 milhões de euros, ao mesmo nível que a do Deutsche Bank, e só por trás da que sofrem Sabadell, La Caixa e Abanca, [todos eles bancos estrangeiros].
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