A acção foi considerada pelo SITAVA como a «maior greve da história dos APA» e acontece depois de um processo de chantagem sobre os trabalhadores e da tentativa de aplicação de um despacho sobre serviços mínimos que o Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa suspendeu.
Em causa está a greve ao trabalho extraordinário dos trabalhadores da Prosegur e da Securitas, que asseguram o raio-x da bagagem de mão e o controlo dos passageiros e também dos trabalhadores dos aeroportos. A paralisação de 24 horas foi marcada após mais de nove meses de negociações entre o sindicato e a Associação das Empresas de Segurança (AES) para a celebração de um novo Contrato Colectivo de Trabalho (CCT).
No pré-aviso de greve da Prosegur, o SITAVA acusa as empresas de segurança de «insistir em regimes inadequados de organização de tempos de trabalho, pondo em causa a segurança aeroportuária, a própria saúde dos trabalhadores e a consequente diminuição exponencial dos níveis de concentração para o exercício de tão importantes funções».
Simultaneamente, o sindicato denuncia que a empresa só aceitaria a proposta de revisão salarial apresentada pelo SITAVA para o ano de 2016, se o sindicato aderisse a um CCT onde consta o regime de banco de horas, o regime de adaptabilidade, o regime de trabalho concentrado e o regime de trabalho fraccionado, ou seja, «regimes de flexibilização de trabalho totalmente desadequados para o ambiente aeroportuário».
A esta hora decorrem concentrações de trabalhadores nos aeroportos do Porto, na zona de chegadas, e de Lisboa, à saída do metropolitano.
O SITAVA confirma uma adesão à greve de 80% no aeroporto de Lisboa, de mais de 60% no Porto e de cerca de 50% em Faro.