No documento, os utentes criticam a diminuição do número de comboios em circulação que, segundo estes, resulta da falta de motoristas e do mau estado do material circulante, a sobrelotação das plataformas e carruagens, que não garantem nem o conforto nem a segurança dos passageiros, a par da notória degradação física das estações.
Em declarações à agência Lusa, Cecília Sales, representante desta Comissão de Utentes, deu o exemplo da Linha Verde, onde circulam somente três carruagens por comboio, na medida em que a plataforma da estação de Arroios não permite o funcionamento com seis carruagens.
“O serviço prestado pelo Metropolitano de Lisboa está longe de servir as necessidades da população que reside ou trabalha na cidade de Lisboa, afastando-se daquele que deve ser o seu objetivo fundamental: assegurar a prestação de um serviço público de qualidade que garanta o direito à mobilidade das pessoas”, frisa a Comissão de Utentes.
Os utentes atribuem ao “anterior Governo e à anterior administração do Metro” as principais responsabilidades “pelo desastre que está a acontecer”, contudo, lamentam que a atual administração esteja a dar continuidade aos objetivos do anterior Governo, “com a complacência e passividade da Câmara Municipal de Lisboa e do atual Governo”, que, tendo-se comprometido a resolver esta problemática, ainda não concretizou estas promessas.
A Comissão exige “a imediata contratação dos trabalhadores em falta nos setores operacionais” do Metro, a “imediata libertação de verbas para que se faça a adequada manutenção do Metropolitano de Lisboa e que este tenha os comboios necessários à reposição da oferta”, e que se dê “prioridade ao alargamento da estação de arroios para recolocar a linha verde a seis carruagens”.