Fundada em nome da «democracia» e de uma «paz verdadeira», a CASA–CE era uma coligação de partidos cujo líder é Abel Chivukuvuku. O nome de Chivukuvuku confunde-se com o da própria UNITA, onde militou desde 1974 (na organização juvenil) até 2012, data em que é afastado da força política que defendeu o colonialismo e instigou a guerra civil entre o seu povo.
As mensagens divulgadas no congresso que decorreu de 6 a 8 de Setembro, com o tema «Uma Angola para todos», passam uma «borracha» sobre as origens antidemocráticas do movimento. Depois da polémica afirmação de que o CDS-PP estava cada vez mais próximo do MPLA, Hélder Amaral, deputado do CDS-PP, também representou o partido no congresso da CASA-CE, onde afirmou: «temos acompanhado com curiosidade um partido jovem, dinâmico como a CASA-CE, portanto é uma relação normal como já temos com outros partidos, é apenas e só mais um reforço da cooperação».
O bloquista presente na iniciativa, Bruno Góis, defendeu que «a paz é o desenvolvimento deste país e a CASA-CE e as forças democráticas de Angola é que vão construir essa paz verdadeira».
A CASA–CE foi formada em 2012 por quatro partidos: Aliança Livre de Maioria Angolana (PALMA), Partido de Apoio para Democracia e Desenvolvimento de Angola – Aliança Patriótica (PADDA-AP), Partido Pacífico Angolano (PPA) e Partido Nacional de Salvação de Angola (PNSA).
No comunicado de imprensa publicado no final do primeiro congresso, realizado em 2013, a coligação definiu a sua identidade ideológica como sendo uma organização política de centro-esquerda, com uma ideologia federalista e social-democrata.
No passado mês de Março, a página online da CASA-CE dava conta de um encontro entre o representante da coligação na Bélgica, Pedro Correia, com Annemie Neyts-Uyttebroeck, ex-eurodeputada e actual secretária das relações internacionais do partido belga OPEN-VLD, membro da Aliança dos Democratas e Liberais pela Europa (ALDE), para tratar de questões relacionadas com a situação política, económica e social de Angola.
Nas últimas eleições parlamentares angolanas, a coligação somou 6% dos votos que se traduziram em oito deputados.