Saraiva chega mesmo a dizer que se o governo decidir mexer na lei laboral os patrões podem ter de sair à rua em manifestação.
Os patrões passam então ao ataque e exigem que o aumento do salário mínimo até aos 600€ no final da legislatura tenha como contrapartida a cristalização das leis laborais que a troika e o governo PSD/CDS impuseram.
Relembre-se que nos últimos 4 anos a lei do trabalho foi mexida para diminuir o custo do trabalho e das horas extra, aumentar a precariedade e facilitar os despedimentos, tornando-os muito mais fáceis e muito mais baratos.
Os patrões gostaram dessas alterações e durante esse tempo todas as semanas pediam mais e mais alterações ao trabalho. Agora querem criar uma barricada nessas posições, usando o salário mínimo como moeda de troca.
Mas tanto as alterações na lei do trabalho para voltar o princípio do tratamento mais favorável do trabalhador por ser a parte mais fraca da relação laboral, como o aumento do salário mínimo são partes do acordo que sustenta a maioria que apoia o governo e, ainda por cima, têm o ok dos sindicatos no conselho económico e social.