Ngungunyane, imperador que unificou a região subjugando etnias em disputa e enfrentando os colonizadores, é uma figura mitificada tanto pelos portugueses quanto pelos moçambicanos constituindo o pano de fundo da trilogia do escritor.
Em “Sombras da água”, o romance entre Germano de Melo (sargento português) e Imani (jovem africana) é o ponto de partida para apresentar as contradições da própria colonização.
Em entrevista para O Estado de S. Paulo o autor afirma: “Neste segundo volume, criei um diálogo entre dois militares para mostrar que, do lado do colonizador, ocorriam visões díspares e em conflito. E não apenas distintas visões, mas olhares particulares. Por razões da sua paixão por uma mulher negra e africana, o personagem do sargento vai-se afirmando como uma figura singular e em confronto com o seu mandato de militar europeu”.
O livro foi lançado no Brasil pela companhia das letras e está disponível em versão digital.