Dados oficiais reconhecem que mais de 1.500 pessoas já foram presas no México durante a vaga repressiva com que o Estado respondeu aos protestos que em todo o país denunciam o aumento do preço da gasolina e do diesel.
Sob a acusaçom genérica de "vandalismo", o governo burguês mexicano ordena a caça de pessoas que participam nos protestos massivos na capital e noutras áreas do país, incluindo 124 menores de idade segundo reconhecem fontes oficiais.
Em algumhas localidades, manifestantes tomarom postos de pedágio e abrirom livre passagem aos autos.
Os confrontos produzírom já 6 pessoas mortas e acontecem na seqüência da decisom do governo de aumentar gasolina e diésel até 20%.
Reproduzimos a seguir o comunicado do Partido Comunista do México diante da ofensiva económica e repressiva do governo.
Abaixo o poder dos monopólios!
Desde que iniciou a crise económica do capitalismo em 2008, os direitos e conquistas dos trabalhadores de México e do mundo foram sacrificados para manter os superlucros dos monopólios.
Com a reforma laboral fôrom beneficiados os exploradores, e lançados a condiçons de escravatura laboral o conjunto dos operários e trabalhadores, com jornadas que ultrapassam as 8 horas, e salários que mal alcançam para sobreviver, com a incerteza de nom saber que passará ao chegar à idade da jubilaçom, na angústia do dia a dia, sem casa, sem férias, sem futuro. Em cima vem também o assunto da privatizaçom da saúde.
Milhons de nossos irmaos proletários já fôrom lançados para o desemprego, e a fame e a miséria pairam sobre a classe operária e os setores populares no México. Nom chega para a renda, para os bilhetes, para os medicamentos, para a escola dos filhos, inclusive nem para comer.
Mas os monopólios som insaciáveis pois à classe dos capitalistas só interessa ganhar mais e mais, e por isso o seu governo impom o gasolinaço e o aumento de preços.
A economia popular, dos operários e das famílias populares, vai-se deteriorar rapidamente. Para nada chega com um salário miserável e com a carestia da vida, com o aumento de preços de alimentos, de transporte público, de artigos de primeira necessidade.
Se queremos dar cabo deste sofrimento temos que luitar, e nom é fácil mas é indispensável! Ninguém o fará por nós, pois a emancipaçom dos trabalhadores só pode ser obra dos trabalhadores mesmos, e temos que nos levantar já. Virám com falsas propostas os mesmos de sempre, nos dirám que esperemos às eleiçons do 2018, que assinemos uma petiçom, que nos vistamos de alvo, que sejamos pacíficos e nom alteremos a ordem... Mas neste momento crítico só há dous lados: o dos operários e trabalhadores, e o dos exploradores e dos seus governos.
O Partido Comunista do México chama à luita organizada, a levantar-se, a pôr-se de pé, a rebelar-se. Unamo-nos para confrontar ao poder dos monopólios que lidera hoje Peña Neto, mas do que som cúmplices TODOS os partidos burgueses. Organizemo-nos para confrontar estas medidas e a repressom com que buscarám parar-nos. Organizemo-nos para mudar este país, com as medidas de raiz que se requerem, para formar um poder onde mande a maioria que produz, a que trabalha, a que com seu suor e esforço faz todo: formemos o poder operário e popular.
Saudamos todos aqueles que estám a ocupar gasolineiras, estradas, ruas, praças e tomar outras medidas. Precisamos de transcender o espontáneo. Rebelar-se é legítimo, necessário. A única lei que reconhecemos é a que sirva com justiça aos trabalhadores e ao povo, e nom a que defenda a propriedade dos milionários e o seu sistema de exploraçom e morte.
Vamos luitar, contra o gasolinazo e o acréscimo de preços, contra a fome e a miséria, contra o poder dos monopólios, polo poder operário e popular!
Proletários de todos os países, unide-vos!
Partido Comunista do México