Entre as conquistas do país caribenho, ressaltou a taxa de desemprego de 6%, apesar da crise e da guerra econômica imposta à Venezuela. O objetivo para 2017 é reduzir o desemprego para 4,5% por meio da criação de novos postos de trabalho pelo Plano de Geração de Emprego e o Plano de Obras Públicas, informa a Agência Venezuelana de Notícias.
Além disso, em 2016 os investimentos em políticas sociais chegaram a 73% do Produto Interno Bruto (PIB) venezuelano. Quase 700 mil moradias foram construídas ou reformadas pelo governo, no âmbito das missões sociais direcionadas ao bem estar da população.
Quatro aumentos salariais fizeram com que o aumento acumulado de 2016 chegasse a 454%. “Não fechamos nenhuma escola nem demitimos nenhum trabalhador”, afirmou ainda Maduro.
A pobreza na Venezuela reduziu de 19,7% para 18,3% em 2016, segundo estudo do governo bolivariano. O índice de miséria caiu de 4,9% para 4,4%. O presidente venezuelano insistiu que, para melhorar esses índices e avançar em tantos outros, é preciso aprofundar e ampliar as missões sociais. As obras públicas e o poder popular também dever evoluir, exigiu.
“Tenho uma fé absoluta no destino de nossa pátria”, disse Maduro. “Tenho a mais absoluta segurança de que 2017 será um ano de avanços, de recuperação e será um ano vitorioso”, completou.
“Eu agradeço a 2016, porque o ano passado me ensinou a ser uma melhor pessoa, melhor líder e melhor presidente. [Os opositores] não puderam [derrubar o governo] em 2016 e não poderão jamais com a Venezuela e com a revolução de Bolívar e Chávez”, discursou o mandatário.
O ano de 2016 foi considerado o mais difícil para a chamada Revolução Bolivariana, iniciada em 1999 com a eleição de Hugo Chávez. A queda brutal nos preços do petróleo foi um fator fundamental para a deterioração da economia, fazendo com que o ingresso de divisas no país caísse em 87%.
Outro fator foi a continuação da chamada guerra econômica, que, desde 2014, é implementada por grandes empresários. Produtos básicos são acumulados em escala gigantesca dentro de armazéns de supermercados e grandes estabelecimentos comerciais. Isso faz com que a oferta de produtos caia e, com a grande demanda, os preços subiram, favorecendo a especulação.
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O governo combateu tal ação, confiscando os galpões econtrados repletos de produtos estocados, além de lutar contra o contrabando para a Colômbia das mercadorias em falta.
De acordo com pesquisa do instituto Hinterlaces, de fevereiro de 2014, 35% da população pedia do governo mão de ferro para combater o desabastecimento provocado pela guerra econômica.
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Em 2016 também foram criados os Comitês Locais de Abastecimento e Produção (CLAPs), formados pela própria população com apoio do governo e das forças armadas, que distribuíram a preços justos produtos de primeira necessidade a quase dois milhões de famílias.