Um aspecto central disso deve ser "o protagonismo da classe trabalhadora e do povo trabalhador da cidade e do campo na tomada de decisões, na condução política do processo bolivariano e no controle de toda a cadeia de produção, distribuição e comercialização de bens e serviços de consumo de massa pela população".
Carlos Aquino, membro do Birô Político do PCV, expressou a preocupação dos comunistas diante da grave deterioração do poder de compra do povo. "Há mais de um ano, o Executivo nacional assumiu o compromisso de que o salário mínimo e as pensões seriam equivalentes a meio petro – com um preço referencial de 60 dólares por petro, de acordo com o preço estimado de um barril de petróleo –, e essa promessa não foi cumprida; mas, mesmo que fosse cumprido, o mesmo não seria suficiente para cobrir as necessidades básicas dos trabalhadores e de sua família", disse Aquino.
Por isso, expôs o dirigente, o PCV reivindica que se cumpra o que estabelece a Constituição da República: "que os trabalhadores recebam um salário suficiente para cobrir a cesta básica e que ela seja atualizada regularmente". O PCV questionou a inação do governo nacional em atacar o alto custo de vida, expresso nos incessantes aumentos de preços, "deixando mãos livres para os capitalistas em detrimento da renda salarial dos trabalhadores". Nesse contexto, o Partido do Galo Vermelho exige do Executivo o estabelecimento de um controle real de preços, publicando o preço de venda ao público (PVP) em cada produto e facilitando os mecanismos de controle pelos trabalhadores e pelo povo.
Contra as políticas trabalhistas regressivas
O PCV insistiu em denunciar o avanço das ações antissindicais e antioperárias por parte de funcionários do Ministério do Trabalho em nível nacional. "Conclamamos o Presidente Nicolás Maduro a pôr um fim à situação que vêm sofrendo milhares de trabalhadores, especialmente frente aos funcionários públicos que agem descaradamente em favor das patronais públicas e privadas, mas sobretudo em benefício da burguesia", disse Aquino.
"Por isso", enfatizou o dirigente: "o PCV insiste na exigência de que o governo deixe sem efeito as diretrizes sobre as convenções coletivas emanadas do ministro Piñate em outubro do ano passado, que fizeram retroceder importantes direitos e conquistas dos trabalhadores. O Partido Comunista manterá e intensificará as ações de luta e protesto da classe trabalhadora na defesa de seus direitos e contra políticas trabalhistas regressivas", reafirmou.