Segundo divulgou o Comitê Internacional Paz, Justiça e Dignidade, no dia 2 haverá um grande twitaço, com etiqueta que ainda será confirmada, e no dia 3 manifestantes estarão em frente às diversas embaixadas dos Estados Unidos para expressar repúdio a mais uma investida imperialista contra a Venezuela.
“É imperativo trabalhar desde já nas redes e movimentos sociais difundindo a verdade e os comunicados que emita o governo Bolivariano da Venezuela”, declara a organização.
Há quase 20 anos o governo dos Estados Unidos vêm tentando de todas as forças interferir nos rumos independentes do povo venezuelano e nas últimas semanas se iniciou um novo capítulo da agressão imperialista.
A Casa Branca anunciou sanções ao vice-presidente Tareck El Aissami, acusando-o falsamente de apoio ao terrorismo internacional, em uma nova tentativa de desestabilizar o país caribenho. A serviço dos mesmos interesses, a rede de televisão CNN, como sempre faz com a Venezuela, vem difundindo notícias manipuladas e distorcidas para prejudicar o governo do presidente Nicolás Maduro.
As mobilizações também servirão para lembrar os quatro anos da partida física do comandante da Revolução Bolivariana iniciada em 1999, o eterno presidente Hugo Chávez, falecido em 5 de março de 2013.
Uma das mentiras repetidas insistentemente pela direita venezuela e pela mídia ocidental, ambas a serviço dos interesses imperialistas dos EUA, é de que a Venezuela é uma ditadura. No entanto, a promessa de campanha da eleição de Chávez em 1998 e sua primeira medida quando eleito foi estabelecer uma nova Constituição, votada pelo povo com 80% de aprovação, que deu pela primeira vez na história direitos básicos à população venezuelana.
A partir daí, e com a radicalização da Revolução Bolivariana ao longo dos anos, o país sul-americano conseguiu façanhas que seus vizinhos ainda estão longe de tornar realidade.
Entre as conquistas dos governos de Chávez e Maduro estão a redução da pobreza pela metade, a menor desigualdade e a melhor distribuição de renda da América Latina (segundo a CEPAL), a erradicação da fome em 2013, a construção de mais de um milhão de moradias até o momento, a redução em dois terços do número de pessoas subnutridas.
Graças à Constituição implementada por Chávez e apoiada pelo povo, a população pode revogar os representantes de seus cargos e apresentar projetos de lei diretamente para a discussão na Assembleia Nacional. No entanto, o povo nunca aprovou a revogação do mandato de Chávez e Maduro porque sempre os consideraram seus legítimos presidentes, apesar de a oposição ter tentado inisistentemente derrubá-los.
A Venezuela teve 20 eleições em 18 anos, chegou a ter quatro em 14 meses e no ano em que Chávez faleceu, seus partidários venceram em 75% das cidades do país, além de Maduro ter sido eleito presidente.
Por outro lado, a oposição, que chama o governo de antidemocrático, boicota frequentemente o sistema político do país. Em 2005, boicotou as eleições legislativas e em 2012, quando Chávez lançou o Plano Nacional de Segurança Pública, o governador de Miranda, Enrique Capriles, não participou do processo. Miranda é o estado com as maiores taxas de homicídio do país.
Outra desculpa para acusar o governo de ditatorial é dizer que ele censura a imprensa, como no caso da CNN, em que foi aberto um processo para puni-la por desrespeitar a Constituição, falsificando e distorcendo informações, assim desinformando o público, tirando-lhe o direito à informação.
Na Venezuela, 2/3 da mídia são controlados pela oposição, sendo que essa cifra sobre para 80% nos veículos impressos.
“A Revolução Bolivariana, grande e generosa com todos os nossos povos, hoje necessita o apoio incondicional da solidariedade internacional”, afirma o Comitê, chamando as mobilizações para a semana que vem.