Em coletiva de imprensa da coalizão, Henrique Capriles, representante do partido de direita Primeiro Justiça (PJ), fez um "balanço" das concentrações e celebrou os focos de violência gerados em algumas concentrações em Caracas. Nestes pontos, os habituais grupos violentos -com seus rostos completamente tapados- destroçaram bens públicos, e inclusive invadiram a propriedade privada, para retirar dejetos sólidos e fechar ruas e avenidas, de onde atacavam com pedras e garrafas as forças de segurança que tentavam restaurar a ordem pública.
O também governador de Miranda qualificou estes atos como "resistência", e assegurou que um dos requisitos fundamentais para abandonar a agenda de violência nas ruas é a programação de eleições gerais fora do calendário, ao contrário do que estabelece a Constituição.
Este discurso, que ao lado da convocação de rua atomizada que busca gerar diversos focos de violência e vandalismo em todo o país, está alinhado com a campanha midiática internacional realizada pela direita venezuelana em complacência com os interesses dos centros de poder mundial. O objetivo é promover uma intervenção estrangeira nos assuntos internos da Venezuela e dar um golpe de Estado contra o governo constitucional do presidente Nicolás Maduro.
A oposição venezuelana gerou grande expectativa em seus seguidores para este dia, quando conseguiriam finalmente a interrupção inconstitucional do governo democraticamente eleito. Já os porta-vozes internacionais da direita se pronunciaram sobre o que aconteceria nessa quarta-feira, quando supostamente se tratava de mais uma concentração.
Após o novo fracasso, parte da coalizão da direita venezuelana se pronunciou para ratificar sua intenção de tomar o poder político na Venezuela através de vias inconstitucionais, e em meio a um plano golpista sustentado em ações criminosas, que foi desarticulado e neutralizado pelos organismos de segurança e inteligência do Estado venezuelano. Apesar disso, a MUD continua com a tentativa de golpe.