"Encarrego a você chanceler para que encabeçe (...) uma campanha, uma jornada nacional e internacional de luta contra o ódio fascista, de justiça contra as ameaças às famílias venezuelanas, de denúncia internacional do fascismo e de luta para que prevaleça o respeito à soberania, à paz e o direito à vida e à democracia de harmonia entre venezuelanos", afirmou o chefe de Estado durante reunião do conselho de ministros no Palácio de Miraflores.
A comissão terá a tarefa de denunciar grupos extremistas que promovem a violência fascista, através de meios convencionais e digitais, localizados em Miami, Washington e Bogotá, que, além de ameaças de morte, promovem a perseguição, o racismo e a xenofobia contra pessoas identificadas com o chavismo.
"A impunidade favorece o crime, neste caso favorece o surgimento do fascismo que nós estamos combatendo com nossa vida com nosso corpo", disse, acrescentando que os violentos são "uma minoria mas as minorias fascistas impuseram regimes oprobiosos".
O presidente Maduro lembrou que a promoção deste tipo de campanha de ódio, tanto nos meios de comunicação como nas redes sociais, está penalizada pelas leis venezuelanas e o Estado vai atuar dentro da legalidade para frear estas ações.
Também denunciou que o cônsul da Índia em Trinidad e Tobago foi agredido por grupos violentos, após ser confundido com um diplomata venezuelano.
"Estas são minorias da oligarquia, da burguesia que odeia o povo, que odeia as conquistas de uma Revolução que levantou a consciência e a dignidade de um povo inteiro, a Revolução Bolivariana fundada por nosso comandante Hugo Chávez", enfatizou.
Mais uma vez pediu aos setores opositores que reflitam sobre a guerra psicológica que estão sendo submetidos por setores da direita.
"Só nós podemos levar a diversidade de nossa pátria em paz, só nós promovemos o diálogo e o encontro entre os venezuelanos (...) vocês que vivem em comunidades e conjuntos habitacionais, os chamo à paz e repudiar totalmente todas as expressões de ódio", disse.
Maduro explicou que através da Assembleia Constituinte será fortalecida a convivência e a união da Venezuela, e reiterou que as portas para a consulta sobre o processo constituinte continuam abertas a todos os setores –incluindo a Conferência Episcopal Venezuelana, a autodenominada Mesa da Unidade Democrática e Fedecamaras.