El Aissami explicou que a perícia descartou a morte por impacto de uma bomba de gás lacrimogêneo, já que a distância entre os integrantes da Polícia Nacional Bolivariana (PNB) e o jovem era de 67,2 metros, o que torna impossível que seja esta a arma do crime, como afirmaram vários deputados da oposição.
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"Nunca houve linha de disparo,o ângulo do tiro direto em relação com a polícia e o corpo sem vida do jovem, o que desmente, de novo, a opinião que a dirigência irresponsável da direita quis fazer na tarde, noite e de novo dizer que foi uma bomba de gás lacrimogêneo", disse.
De acordo com as fotografias coletadas é possível ver ainda que o jovem estava com uma proteção no peito, que foi retirada quando manipulava o artefato artesanal. Após a explosão, a cena do crime foi alterada e a proteção foi colocada no chão.
Repúdio à manipulação
Durante a apresentação dos resultados, o vice-presidente repudiou a manipulação do caso pelos dirigentes opositores, que quando souberam da morte do jovem de apenas 17 anos, quiseram apontar os efetivos da PNB como responsáveis, apesar de que vídeos e depoimentos mostrassem o contrário.
"Queremos mostrar isto para desmascarar a terrível manipulação da direita, joga com a morte de jovens e planeja estas ações terroristas, e assim fazem política ou pretendem fazer a política no país", afirmou.
El Aissami revelou ainda um vídeo com o depoimento de um jovem venezuelano de 15 anos, que acusa o deputado opositor Miguel Pizarro de ser responsável por instigar a violência. O rapaz conta também que recebem financiamento e materiais explosivos para utilizar nos protestos convocados pela autodenominada Mesa da Unidade Democrática.
Mais de 60 venezuelanos faleceram desde abril em algumas cidades do país, como consequência da violência gerada nestas manifestações. Mais de mil pessoas ficaram feridas.