Durante participação no I Fórum Internacional de Psicologia, Violência e Operações Psicológicas, o porta-voz do Coletivo de Psicólogos pelo Socialismo destacou que a Venezuela é alvo destas estratégias por sua importância energética e geopolítica dentro do contexto latino-americano e caribenho, onde tem construído uma revolução socialista que fomenta a integração regional.
Giulani explicou que dentro da "lógica" desta estratégia não convencional, a tendência é banalizar os efeitos da guerra psicológica que atua nas interações individuais e coletivas, onde existem preconceitos e estereótipos com um alto nível para diminuir a capacidade de reflexão, de tal maneira que seja a mesma população que gere as condições para a derrubada.
"Monta-se uma campanha internacional que esse país está vivendo uma 'catástrofe' e que esse governo não pode assumir suas funções fundamentais", o que alimenta a opinião de um "Estado foragido" que "reprime e viola os Direitos Humanos" para criar as condiçôes para a intervenção estrangeira, disse.
Segundo o especialista, o discurso de quem promove esta guerra insiste permanentemente que é uma estratégia de resistência, e para que esta modalidade prospere, insistem no discurso de que existe uma ditadura no país. "Isso vai se repetindo, vai construindo uma narrativa, vai ganhando articulação jurídica e sobretudo vai gerando muita confusão", afirmou.
Giuliani destacou que na América Latina há uma longa história de dominação, ingerência e golpes de Estado, mas a chegada de governos progressistas populares nos últimos anos tem obrigado as potências dominantes a mudar suas estratégias.