Integrantes da União Nacional de Mulheres (Unamujer), Conselho de Proteção da Criança e Adolescente (CPNNA), Lares da Pátria e o Partido Socialista Unido da Venezuela, entre outras organizações, participaram da atividade em que exigiram rapidez nas investigações para sancionar quem usa menores de 18 anos para estimular uma sedição armada no país.

"Estão lavando o cérebro de nossos jovens para que sejam bucha de canhão nessas marchas, são utilizados para fins políticos e não podemos continuar permitindo isso", disse Mariana Yépez, mãe de família, que participou da marcha.

Ela explicou ainda que as mães devem estar alertas em seus lares "orientando seus filhos, para que não se deixem enganhar por estes violentos que querem ter poder a qualquer custo".

Já a ministra da Mulher e Igualdade de Gênero, Blanca Eekhout, destacou que a justiça é a única forma de parar as ações de violência política. "Tem que haver de parte do Ministério Público uma ação firme, porque qualquer coisa que estimule a guerra, o ódio e a violência é estar contra a paz da República e assim nenhum organismo do Estado pode promover uma ação que destrua a República", insistiu.

Eekhout denunciou que os pronunciamentos da fiscal, Luisa Ortega Díaz, têm sido determinantes para a escalada de violência da direita. "É lamentável porque o Ministério Público tem que ser um órgão que tenha lisura, que faça a reflexão, para que processe e investigue e que logo se pronuncie a favor do mais fraco e neste caso crianças, as mães das vítimas que foram assassinadas, como Orlando Figuera", jovem venezuelano que foi linchado e queimado vivo por grupos violentos de setores radicais da oposição.

A vice-ministra da Defesa dos Direitos da Mulher, Marelis Pérez Marcano, destacou a mobilização do povo venezuelano contra setores que esperam aumentar a violência no país, que registra mais de 70 falecidos em dois meses e meio.

"Estamos acompanhando as mães e as famílias que hoje choram seus filhos, produto desta utilização criminosa que a oposição fascista vem fazendo com nossas crianças e adolescentes. A familia venezuelana quer justiça e paz", afirmou.