Durante coletiva de imprensa após primeira sessão no plenário da 47º Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) em Cancún, Rodríguez rebateu os argumentos de algumas delegações presentes na OEA que tentaram justificar a ingerência nos assuntos internos do país.
"Exigimos ao Peru que respeite a Venezuela, se eles formam parte da camada de cachorrinhos simpáticos para o império, a Venezuela não faz parte, e não vai aceitar intromissões indevidas", afirmou.
A chefe da diplomacia comparou indicadores de desigualdade, pobreza, democracia, por exemplo, com a visão apresentada por algumas delegações de que a Venezuela vive uma "crise humanitária". Com os números oficiais de organizações reconhecidas mundialmente, a chanceler defendeu o modelo de inclusão social da Revolução Bolivariana.
Ela reiterou que os Estados Unidos (EUA) são o principal promotor da intervenção na Venezuela, porque visam ter controle das imensas reservas petrolíferas e de gás do país caribenho e acabar como o modelo de inclusão social do governo bolivariano.
Enquanto isso, o subsecretário de Estado dos EUA, John Sullivan, defendeu a votação na Assembleia Geral da OEA da resolução sobre a Venezuela, que fracassou na reunião de chanceleres e inclui a criação de um grupo de países para facilitar uma saída para a "crise" no país.
Sullivan defendeu que esta autorização é um "passo modesto", porque não supõe definir ainda os membros, embora sugeriu que poderia incluir tanto um grupo "equilibrado" de nações da região como "atores externos" como o Vaticano e a ONU.
Segundo o subsecretário de Estado dos EUA, a negociação da resolução sobre a Venezuela que não foi alcançada nesta segunda-feira é um "processo em marcha". Ele destacou que os 20 votos obtidos é o número "mais alto por este assunto" e o tema "segue sob consideração" da Assembleia.
Apesar de que ainda não existe uma versão final do texto, a estimativa é que de que seja similar ao documento que foi votado (sem sucesso) na segunda-feira sem a intenção de eliminar a Assembleia Nacional Constituinte ou a liberação dos supostos "presos políticos". Um novo processo de diálogo com a oposição se mantém como eixo central da proposta.