Durante o programa "Os Domingos com Maduro", o presidente venezuelano mencionou que assim como o chavismo reconhece a força política da oposição, a direita também deveria reconhecer a força política do chavismo no país.
"Eu reconheço a oposição e sei que tem força política também, e eu gostaria de medir força com força com votos, não com balas, não com morteiro, não com coquetel molotov, não com trancaço", afirmou sobre o plano violento e fascista de setores extremistas da direita, cujas ambições desmedidas deixaram mais de 70 mortos e mais de 1.400 feridos.
"Vocês (a direção da autodenominada Mesa da Unidade Democrática) têm que reconhecer que o chavismo é uma força viva, poderosa e que está enérgica, valente, nas ruas, e vai a um processo constituinte, a um Poder Constituinte", e "assim como eu os reconheço, os reconhecemos, vocês tem que reconhecer a realidade de que o chavismo é maioria social, cultural e aponta a ser maioria política novamente na Venezuela", afirmou.
Maduro ratificou que as diferenças devem ser resolvidas sobre bases sólidas de respeito à Carta Magna e pediu que Julio Borges — coordenador do partido de extrema-direita Primeiro Justiça— assuma a responsabilidade nesse sentido.
O chefe de Estado recordou que insistentemente tem chamado a oposição a participar das mesas de diálogo e das eleições no próximo domingo, quando serão eleitos 537 dos 545 constituintes. Mas a resposta foi sempre negativa.
"Borges, te deram a responsabilidade da chefatura política, das forças e grupos políticos da oposição. Assume sua responsabilidade. Retifica finalmente e definitivamente, depois será tarde", exortou, chamando novamente à paz e a convivência, com um novo ciclo de diálogo nacional, destacou.