O chefe de Estado condenou as declarações do diretor da Agência Central de Inteligência dos EUA (CIA), Mike Pompeo, que em uma entrevista reafirmou que Washington tem interesses na Venezuela, e coordena ações intervencionistas com os governos de México e Colômbia.
"Eu exijo, hoje, dia do nascimento do nosso Libertador, ao governo do México e ao governo da Colômbia, que esclareçam suficientemente estas declarações do diretor da CIA, e em correspondência tomarei decisões de caráter político e diplomático ante esta ousadia", afirmou.
O presidente Maduro disse que essas ações respondem ao interesse dos Estados Unidos de controlar as riquezas e recursos naturais da nação sul-americana, com grandes reservas de petróleo e gás natural, entre outros minerais.
"Mas o petróleo, o gás, a riqueza de nossa pátria tem um único dono e é o povo da Venezuela. Por isso exigo (a Colômbia e México) que esclareçam suficientemente estas declarações da CIA, e exijo ao governo do presidente (Donald) Trump que esclareça as palavras insolentes e intervencionistas deste senhor (Pompeo), que se acha o governo mundial", enfatizou.
Maduro pediu o reforço da união união cívico-militar de todo o povo venezuelano ante este ataque internacional que visa intervir e coartar a vontade política e soberana da nação.
"Esse tempo dos impérios coloniais, os que se achavam donos do mundo, já acabou, passou e ficou bem longe. A Venezuela tem que demonstrar isso nesta semana, tem que demostrar e cada vez mais. Homens, mulheres, militares da minha pátria, vamos transformar esta semana em uma semana de luta, de valentia, de valores patrióticos, e no próximo domingo vamos votar; chova, troveje ou relampeje. A Constituinte sim vai acontecer, por vontade do povo e da pátria profunda", destacou o presidente durante cerimônia de comemoração dos 194 anos da Marinha Bolivariana.