"Estamos muito otimistas de que pode haver uma transição na Venezuela, e nós estamos fazendo o melhor para entender a dinâmica lá (na Venezuela) para que possamos comunicar isso a nosso Departamento de Estado, e a outros, como os colombianos", disse em uma entrevista no dia 20 de julho com a presidenta da empresa de investigação Asymmetrica, Vanessa Neumann.
"Acabo de estar na Cidade do México e em Bogotá, na semana retrasada, falando deste tema precisamente, ajudando a entender que poderiam fazer para conseguir um melhor resultado", admitiu Pompeo, nesta entrevista realizada no Fórum de Segurança de Aspen, no estado do Colorado, nos Estados Unidos.
A Venezuela enfrenta desde o surgimento da Revolução Bolivariana, em 1999, planos golpistas e de desestabilização constantes. Esta estratégia se intensificou desde abril, quando setores extremistas da oposição colocaram novamente em desenvolvimento um plano para derrubar o governo do presidente Nicolás Maduro.
Apesar de que estas ações foram mantidas desde 1999, durante todo o governo do Presidente Hugo Chávez, agora o plano contempla como nunca antes ações de caráter fascista e terroristas.
Mais de 70 pessoas foram assassinadas e mais de 1.400 feridas. Destacam-se os casos de pessoas linchadas e queimadas vivas por serem apontadas como "chavistas".
O governo do presidente Maduro insistiu na necessidade de resolver as diferenças pela via do diálogo, mas a resposta tem sido negativa por parte dos dirigentes da oposição, estimulados por agentes externos. Nicolás Maduro convocou uma Assembleia Nacional Constituinte (ANC), como espaço para o diálogo nacional pela paz e estabilidade nacional.
Os integrantes da Assembleia Constituinte serão escolhidos na eleição universal, direta e secreta no próximo domingo 30 de julho. Os setores extremistas na Venezuela ameaçam impedir a votação aumentando as ações violentas realizadas até agora.
Assim também pretendem intensificar o lobby internacional contra o governo da Venezuela, o que pode ser visto nas palavras de Pompeo.
"Cada vez que tem um país tão grande, e com a capacidade econômica de um país como a Venezuela, os Estados Unidos têm profundos interesses" e para isso —disse— visa "garantir a democracia", lema que setores extremistas da oposição venezuelana baseiam suas ações golpistas.