Enquanto os media internacionais favoráveis ao imperialismo começavam o labor de agitaçom e propaganda em favor do "alçamento", em terminologia franquista adotada por El País, Abc e outros meios espanhóis, o efetivos da Força Armada Nacional Boliviariana (FANB) repeliam imediatamente a açom armada terrorista.
Porta-vozes da FANB declarárom logo a seguir que "o ataque terrorista de hoje nom é mais do que um show propagandístico, umha enteléquia, um passo desesperado que fai parte dos planos desestabilizadores e a conjura continuada que se vem gestando, para tentar evitar que se consolide o renascimento da nossa República".
Outras fontes revolucionárias apontam para a possibilidade de que o ataque de hoje responda à estratégia desestabilizadora alimentada pola CIA norte-americana para conduzir a Venezuela para o caos, facilitando aos EUA intervir mais diretamente contra o processo boliviariano e recuperar o controlo do país, como sempre tinha estado até a chegada ao poder de Hugo Chávez.
Diversas tentativas golpistas tenhem-se sucedido desde o golpe de 2002, que durante horas colocou um grupo de fascistas burgueses à frente do Estado, mantendo preso o presidente Chávez. A rápida reaçom popular devolveu o líder revolucionário ao governo e derrotou o golpe, mas as tentativas nom cessárom até hoje.
Desta vez, o ataque ao quartel de Carabobo chega logo a continuaçom da eleiçom da Assembleia Nacional Constituinte, com que o chavismo recuperou a iniciativa política após o amplo apoio de mais de 8 milhons de venezuelanos e venezuelanas na votaçom de 20 de julho. A burguesia, autoexcluída do processo e encastelada no Parlamento burguês, leva meses a promover diretamente a violência de grupos organizados de lumpen para desestabilizar, enquanto boicota a distribuiçom de alimentos e doutros bens de primeira necessidade. Dessa forma, a reaçom pró-imperialista aproveita a crise económica mundial, que atingiu diretamente a Venezuela, para tentar fazer cair a Quinta República.
As luitas de classes nom cessam numha Venezuela em que o capitalismo mantém vigência, apesar do projeto pró-socialista defendido por setores do chavismo. O confronto com o imperialismo está a mostrar as contradiçons de tentar manter as formas democrático-burguesas e o poder da burguesia junto a umha açom de governo favorável à maioria, com o imperialismo a conspirar constantemente contra umha das principais potências petrolíferas do mundo.
O de hoje parece ser só mais um episódio dessas luitas em que o povo venezuelano joga nom só a superaçom da hegemonia capitalista, mas também a mais elementar soberania nacional.