"Ninguém tem direito de tratar de impor sua política pela via da ameaça, de pressões, sanções, agressões econômicas, financeiras, políticas, diplomáticas e menos militares. A Venezuela reclama seu direito à paz, a independência, e a autodeterminação", disse em uma transmissão do canal Venezolana de Televisión.
Em coletiva de imprensa no Palácio de Miraflores, em Caracas, o presidente Maduro afirmou que segundo a última pesquisa realizada no país, 86% dos venezuelanos manifestaram seu repúdio a uma eventual agressão militar dos Estados Unidos (EUA) contra a nação caribenha.
"Somente a dirigência opositora apoia esta ameaça, que saiu a santificar esta ameaça, e saíram de giro para solicitar o bloqueio econômico e financeiro contra a Venezuela", afirmou.
O chefe de Estado informou que a Venezuela organiza uma conferência da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac) sobre o diálogo e a paz no país, com a intenção de utilizar esta ferramenta para superar a conjuntura política e avançar no desenvolvimento nacional.
Maduro rechaçou a "constante conspiração" que nos EUA se mantém contra a estabilidade da Venezuela, e chamou todos os setores do poder internacional a estabelecer um diálogo de entendimento baseado no respeito.
Ele denunciou que através de organismos de inteligência é realizada uma conspiração constante para a desestabilização interna do país, objetivo pelo qual estas instâncias financiam três principais grupos golpistas.
"Há uma conspiração permanente em Miami dirigida contra a Venezuela. Todos os capturados pelo ataque contra o Forte Paramacay (ocorrido em 6 de agosto) confessaram, e sabemos quem os financia e seus nexos. O outro grupo tem a ver com os antigos militares golpistas de 2002, que fugiram do país. O outro grupo é o mal chamado "golpe azul", que embora a maioria esteja presa, procuram fazer barulho. Os EUA têm estes três grupos ativados com muito dinheiro, mas a FANB desenvolveu estratégias antigolpe muito efetivas", explicou.
O presidente Maduro reiterou sua disposição a dialogar com o presidente estadunidense, Donald Trump.
"Trump e eu temos que falar. Porque não queremos que nossos povos sofram, devemos conviver em paz. Nós somos anti-imperialistas e anticolonialistas, mas não somos anti-Estados Unidos, amamos o povo estadunidense", afirmou.