O Comando Europeu dos Estados Unidos (EUCOM) declarou esta segunda-feira que Washington irá enviar 20 mil soldados para a Europa na próxima Primavera, para participarem nos maiores exercícios militares dos últimos 25 anos em território europeu, informa o diário Stars and Stripes.
De acordo com o periódico centrado em questões das Forças Armadas norte-americanas, as manobras, lideradas pelos EUA, irão envolver, no total, 37 mil tropas, incluindo 20 mil provenientes dos Estados Unidos.
Os exercícios irão ainda envolver 14 bases aéreas e portos marítimos em oitos países: Alemanha, Bélgica, Estónia, Geórgia, Holanda, Letónia, Lituânia e Polónia, indica a mesma fonte.
Os EUA começarão a enviar para a Europa, em Fevereiro, material militar que será utilizado em Abril e Maio nas manobras «Defender Europe-20», cujo custo total deve rondar os 340 milhões de dólares, revelou o EUCOM.
Em declarações ao Star and Stripes, o general norte-americano Christopher Cavoli afirmou que «levar a cabo o treino duro e difícil em conjunto com os aliados» dos EUA na Europa «é necessário para lutar de forma eficaz» e «dissuadir potenciais ameaças», sendo que a principal, seguindo a linha oficial da NATO e dos EUA, é a «ameaça russa».
Algo que o periódico deixa bem claro ao afirmar que, «se as preocupações militares americanas mudaram para guerras no Médio Oriente nas últimas duas décadas» – sem referir que tais guerras foram em grande medida alimentadas, promovidas, criadas pelos EUA –, «a intervenção de 2014 da Rússia na Ucrânia [sic] forçou o Pentágono a repensar a defesa na Europa e como colocar tropas americanas do outro lado do oceano numa crise». Ou seja, nem um vislumbre de «intervenção» de UE/EUA no golpe fascista de Maidan. A culpa é da Rússia.
O direito à autodeterminação do povo da Crimeia e Sebastopol, que decidiu esmagadoramente reintegrar-se na Federação Russa, é o «mal». Quanto ao fascismo de Maidan, tudo bem. Ucrânia, Polónia, Lituânia, Letónia e Estónia – e os seus fascistas «anti-soviéticos» – estão no eixo certo. Portanto, mais tropas da NATO, mais exercícios militares, mais reforço no flanco Leste.