[Alejandro García] Reabilitar o serviço de luz elétrica, restabelecer o abastecimento regular de água à população e reiniciar o ano letivo são prioridades para as autoridades cubanas, asseguraram funcionários durante a sétima reunião do Conselho de Defesa Nacional para a Redução de Desastres, celebrada na segunda-feira, 11 de setembro, na capital.
No encontro, no qual estiveram presentes o presidente da Assembleia Nacional, Esteban Lazo Hernández, o comandante da Revolução Ramiro Valdés Menéndez, vice-presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros e o general-de-corpo-de-exército Leopoldo Cintra Frías, ministro das Forças Armadas Revolucionárias, fez-se um apelo à união de todas as forças para que o país possa voltar à normalidade o quanto antes.
A União Elétrica de Cuba «não deixou de trabalhar em função de restabelecer este serviço», indicou Yuri Camilo Villamonte, vice-ministro de Energia e Mineração na reunião.
«Devido aos severos danos que o furacão Irma ocasionou em todas as usinas termoelétricas do país, não podemos estimar quanto tempo demorará a recuperação e reabilitação total da energia elétrica», explicou.
Não obstante, «será mais breve do que tarde, já temos restabelecido o serviço na maioria das províncias do leste do país e começamos os trabalhos de ativação no ocidente, com prioridade na capital», acrescentou o vice-ministro.
No caso da capital, tentaremos habilitar a iluminação pública nas zonas que permanecem sem luz elétrica, informou a vice-presidenta do Conselho de Estado e presidenta do Conselho de Defesa Provincial de Havana, Mercedes López Acea.
O fornecimento de água é outro dos serviços que tiveram afetações após a passagem de Irma, «más já se efetuam os trabalhos para a sua normalização», assegurou Inés María Chapman, presidenta do Instituto Nacional dos Recursos Hidráulicos.
As províncias do leste foram reatando o fornecimento de água a medida que o sistema elétrico nacional foi se recuperando nesses territórios.
É o caso de Santiago de Cuba, Guantánamo e Granma, lugares nos quais não ocorreram afetações nas canalizações.
Nas províncias onde persistem as afetações energéticas, responde-se às necessidades da população através de geradores de emergência, água em caminhões-pipas e carros cisternas.
Já começou o envio de recursos para a região central do país, severamente afetada pelo açoite do furacão Irma. «Neste momento, conta-se com sete pipas e várias brigadas de trabalho para iniciar a recuperação e garantir o fornecimento», assegurou Chapman.
«Em Havana há outras complicações», admitiu. «Os sistemas são maiores, pelo qual se precisa de maior número de mão de obra nas reparações e maior movimento no fornecimento de água».
Ainda assim, para a presidenta do Instituto Nacional dos Recursos Hidráulicos em menos de 72 horas podem ser resolvidas a maior parte das problemáticas de fornecimento na capital.
«O setor educativo também avança rumo à recuperação», comentou à imprensa Ena Elsa Velázquez, ministra da Educação.
Até o momento, há mais de 1.400 instalações educativas afetadas, delas umas 500 na capital. Não obstante, «já temos começado em todas as escolas do país o processo de higienização para criar as condições necessárias para que reinicie o ano letivo o antes possível», acrescentou.
O Ministério não estabeleceu uma data fixa para começar as aulas, tendo em conta que nem todas as províncias sofreram iguais afetações. Não obstante, estima-se que as salas de aulas do país todo abram suas portas ao longo desta semana, esclareceu a ministra.