A manifestação saiu da Praça Venezuela e terminou em frente à sede do Ministério Público, onde entregaram um documento para que se investigue e se puna as pessoas que têm incitado a intervenção militar estrangeira contra o país. O crime de "traição à pátria" também abarcaria as pessoas que participaram ativamente de conspirações a nível nacional e internacional para desestabilizar a economia, o sistema político e a sociedade venezuelana, segundo a agência AVN.
Diversos políticos da oposição têm realizado desde o início do ano pedidos a governos estrangeiros, principalmente o dos EUA, para que apliquem sanções à Venezuela, o que agrava a situação econômica do país, deixando a população mais vulnerável à escassez de produtos básicos.
"A comunidade internacional e os povos do mundo são testemunhas de um fato político, notório e comunicacional dos reiterados chamados, viagens ao exterior e declarações à imprensa estrangeira por parte dos dirigentes políticos da direita nacional, solicitando aos governos de países estrangeiros que intervenham nos nossos assuntos internos, vulnerando assim nossa soberania", diz o manifesto entregue à Procuradoria Geral da República.
Os manifestantes saíram às ruas portando cartazes com os rostos de políticos da oposição, como Julio Borges e Henry Ramos Allup, da ex-procuradora Luisa Ortega e de Lilian Tintori, esposa do líder extremista Leopoldo López. Suas fotos eram acompanhadas com inscrições como "Vende pátria" e "Traidor(a) da pátria".
Todos esses têm participado da campanha de difamação internacional contra o governo do presidente Nicolás Maduro. Borges, por exemplo, está na Europa, onde se reuniu, junto com outro opositor, Freddy Guevara, com o presidente francês Emmanuel Macron e com altos representantes do governo alemão. Ortega e Tintori estiveram recentemente no Brasil para pedir ajuda ao governo golpista de Michel Temer na luta contra a Revolução Bolivariana, e tiveram grande destaque nos principais meios de comunicação brasileiros.