Em coletiva de imprensa, Florido alegou que "não existem condições sérias" para assistir a reunião pautada por sua própria delegação durante o primeiro encontro realizado no dia 14 de setembro - um convite do presidente da República Dominicana, Danilo Medina, e do ex-presidente espanhol José Luis Rodríguez Zapatero.
A MUD divulgou uma carta dirigida ao presidente dominicano, em que expôe suas razões para não ir ao encontro, entre as quais destaca a suposta impossibilidade de substituição de candidatos por falhas no cronograma. Mas o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) informou de forma constante sobre os preparativos das eleições regionais, incluindo auditorias em que participam especialistas designados, representantes de partidos opositores.
Embora a MUD esteja integrada por mais de 20 partidos políticos da oposição nacional, a carta dirigida ao presidente Medina foi assinada somente por quatro partidos: Ação Democrática, Primeiro Justiça, Vontade Popular e Um Novo Tempo.
Durante a coletiva de imprensa, acompanhando pelo deputado Julio Borges, que formou parte da delegação opositora que definiu e se comprometeu com o encontro nesta quarta-feira, Florido afirmou que durante a reunião a MUD fez exigências "em matéria de direitos humanos e garantias eleitorais" que o governo não cumpriu. No entanto, os candidatos opositores às eleições para governadores continuam com suas campanhas eleitoras.
Durante dois dias a delegação da MUD, formada por Timoteo Zambrano, Luis Florido, Manuel Rosales, Vicente Díaz, Julio Borges e Eudoro González, e a comissão do governo nacional, integrada pelo prefeito Jorge Rodríguez, a presidenta da Assembleia Nacional Constituinte, Delcy Rodríguez, e o diplomata Roy Chaderton, se reuniram para reativar o processo de diálogo político iniciado em outubro de 2016, que a própria MUD decidiu abandonar de forma pública em dezembro deste ano.