Em coletiva de imprensa, ele indicou que o plano visava afetar o fornecimento de eletricidade, água, combustível e dinheiro nos caixas eletrônicos, assim como queimar unidades de transporte público. Além disso, o objetivo era promover ações vandálicas, operações seletivas contra alvos policiais e militares e ataques a dirigentes da oposição para responsabilizar os organismos de segurança do Estado.
A primeira fase do plano seria executada em Caracas, e nos estados de Zulia, Bolívar, Nueva Esparta e Anzoátegui, com a participação de agentes como Manuel Bernardo Chacín Díaz, 31, chefe de uma organização terrorista que atuava em Chacao, no estado de Miranda, militante do partido de extrema-direita Vontade Popular e promotor de ações de sedição.
Chacín trabalhava sob a coordenação de Óscar Pérez, que em 27 de junho a bordo de um helicóptero do Corpo de Investigações Científicas, Penais e Criminalísticas (CICPC) atentou contra as instalações do Tribunal Supremo de Justiça e do Ministério de Relações Interiores, Justiça e Paz.
El Aissami mostrou as mensagens de texto entre Pérez e Chacín para coordenar os ataques e um vídeo em que Chacín confessava os detalhes do frustrado plano. "Nada de eleições, pactos, diálogos nem bobagens dessas que nos afundam mais", dizia uma das mensagens.
"Após as eleições do dia 30 de julho da Assembleia Nacional Constituinte e o retorno à paz no país, estas organizações terroristas seguiram atuando e aparece de novo o fugitivo da justiça e ex-funcionário do CICPC (Pérez), que pretendia realizar atos para deixar sem serviço elétrico distintas zonas do país, além de causar mal-estar em serviços bancários e sistemas de bombeamento de água", explicou o vice-presidente.
El Aissami disse que "as guarimbas migraram a uma nova ação terrorista, já não fechando ruas, já não atacando corpos de segurança, já não obstaculizando a passagem, como fizeram durante 120 dias (durante o plano de sedição promovido entre abril e julho) mas que agora estão atuando com golpes seletivos para criar ingovernabilidade".
Manuel Bernardo Chacín tem uma ordem de apreensão desde 20 de setembro de 2016 pelos delitos de homicídio doloso aleivoso por motivos fúteis, roubo agravado e formação de quadrilha.
No momento de sua prisão, foram apreendidos sete artefatos explosivos, dois deles improvisados, "com os quais estavam planejando atentados terroristas, similares aos que fizeram contra organismos policiais durante as guarimbas".
El Aissami explicou que também foram identificados outros indivídulos ligados à célula terrorista, que formam parte de Vontade Popular, e para conseguir sua captura os corpos de segurança executam apreensões.
As investigações do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin) descobriu ainda a conexão entre Leopoldo López e Chacín Díaz, através do rastreamento telefônico entre eles.
O vice-presidente Executivo esclareceu que estas células insurrecionais atuam motivadas pela frustração provocada por setores da oposição que prometeram a saída do presidente constitucional, Nicolás Maduro, "e acontece que terminaram reconhecendo a Assembleia Nacional Constituinte, reconhecendo o Conselho Nacional Eleitoral e inscrevendo candidatos, o que se tornou uma conquista do governo nacional".
"Aqui se impôe de novo a dupla moral, o cinismo e a ação que alguns dirigentes que supostamente se fazem chamar democráticos, mas por trás jogam "ao golpe de Estado "para gerar atos de violência e de comoção nacional", destacou.