Durante um encontro com representantes diplomáticos de países da UE credenciados na Venezuela, na sede da chancelaria, em Caracas, o ministro das Relações Exteriores, Jorge Arreaza, considerou "insólitas" as sanções, que continuam a mesma estratégia de intervenção realizada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
"Em que Isso ajuda ao diálogo, em que isso ajuda a Venezuela, em que isso ajuda o povo, em que isso ajuda centenas de milhares de portugueses, espanhois, italianos e de outras nações aliadas europeias que vivem e convivem e vivirão e convivirão conosco nesta pátria bolivariana?", questionou.
O chanceler recordou que estas sanções foram aplicadas quando se realizava a reunião desta segunda-feira entre a comissão presidencial venezuelana e detentores de bônus, para renegociar os termos da dívida externa da República e de Petróleos de Venezuela S.A. (Pdvsa).
Arreaza afirmou que as ações do governo, como o diálogo e o processo de renegociação da dívida externa, são afetadas por estas sanções. Também comentou sobre a disposição do governo venezuelano de trabalhar conjuntamente para superar este momento.
"Queremos superar este momento, queremos que com a diplomacia e com o diálogo voltemos ao entendimento entre nossos governos, ao respeito em nossos assuntos internos, de vocês conosco, fundamentalmente. Nós não nos imiscuimos nos assuntos internos dos países europeus. Queremos reativar nossas agendas políticas, econômicas, acadêmicas, tecnológicas, no âmbito agrícola", disse.