"Descobrimos na investigação laços diretos com a embaixada dos Estados Unidos na Venezuela para provocar um retrocesso na indústria petroleira e provocar o que eu chamo de uma paralisação silenciosa da indústria petroleira, que reduzisse a produção de petróleo e que reduzisse a refinação para que as refinarias parassem", explicou durante um encontro com a classe trabalhadora da Pdvsa, principal empresa dos venezuelanos.
Através das investigações, o Estado descobriu "um desastre; estavam roubando petróleo diretamente, traziam barcos internacionais e enchiam de petróleo ou produtos e recebiam em contas particulares; umas verdadeiras máfias", explicou.
O presidente venezuelano disse que estes "senhores que tinham comando e poder" tentavam, além disso, sabotar a distribuição de combustível ao povo venezuelano.
Os funcionários envolvidos—disse— "não somente se dedicavam a roubar o país e a indústria petroleira, não só se dedicaram a maltratar a classe operária mas que acreditaram novamente que eram os donos da indústria petroleira, e se esqueceram que o único dono da indústria petroleira se chama o povo nobre e soberano da Venezuela".
Maduro disse que o Executivo tem as provas de como surgiram as máfias no setor petroleiro e ordenou ao vice-presidente da República, Tareck El Aissami; e ao ministro da Comunicação e Informação, Jorge Rodríguez, divulgá-las a partir desta quarta-feira.
As investigações foram realizadas pelo chefe do Ministério Público, Tarek William Saab, nomeado pela Assembleia Nacional Constituinte, diante da inação da ex-procuradora Luisa Ortega Díaz.
O chefe de Estado agradeceu o desempenho de William Saab em desarticular as máfias da corrupção que atuavam na Faixa Petrolífera do Orinoco e Pdvsa.
"O primeiro que agradeci é a Assembleia Nacional Constituinte e ao povo, se deu o processo de mudanças e de transformação do Ministério Público e temos um homem de qualidade humana, de capacidade profissional, de honestidade e valentia como é o procurador valente Tarek William Saab. Agradeço-lhe tudo que tem feito para colocar ordem e fazer justiça", disse.