“Estes terroristas, que estavam fortemente munidos com armamento de alto calibre, abriram fogo contra os agentes encarregados de sua captura e tentaram uma viatura carregada de explosivos”, diz o comunicado do ministério.
Durante a operação, o líder do grupo, Oscar Pérez, acabou morto, bem como dois policiais. Outras pessoas ficaram feridas. De acordo com o ministério, os terroristas atacaram durante a negociação de rendição. Ainda assim, cinco membros da célula foram capturados e presos.
Desde o atentado de Pérez no ano passado, as Forças Armadas estão alerta, em busca do terrorista que foi encontrado na última segunda-feira. Segundo o Ministério, o serviço de inteligência do governo já havia identificado que o grupo pretendia levar a cabo outras ações violentas contra a população da Venezuela, entre elas, “explosão de carros bomba em locais públicos”.
Ataque armado às instituições
Em 27 de Junho de 2017, este mesmo grupo foi responsável por ataques com artefatos explosivos e disparos contra as sedes do Ministério do Interior e do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), em Caracas, a partir de um helicóptero roubado na Base Aérea Generalíssimo Francisco de Miranda, em La Carlota (Caracas).
Na primeira ação, os elementos do grupo liderado por Oscar Pérez, inspetor adscrito à divisão de transporte aéreo da polícia científica (CICPC, na sigla em espanhol), efetuaram 15 disparos contra a sede do ministério, em cujo terraço acontecia uma recepção a um grupo de jornalistas, no âmbito do Dia Nacional do Jornalista, além disso, cerca de 80 pessoas estavam no prédio. Não houve feridos.
Em seguida, o helicóptero dirigiu-se até à sede do STJ, onde acontecia uma sessão da Sala Constitucional, com todos os seus magistrados, sendo que, nos gabinetes também estavam os funcionários do setor. Contra este edifício foram efetuados disparos e lançadas pelo menos quatro granadas, de origem colombiana e fabricação israelita, uma das quais não explodiu e foi recolhida.
As ligações de Pérez à violência da oposição venezuelana ficaram ainda mais claras quando este apareceu em público, pouco mais de duas semanas após os atentados, numa manifestação da chamada Mesa da Unidade Democrática (MUD) e com um discurso que em tudo o aproximava da oposição de extrema-direita
Em Dezembro último, este grupo foi também responsável por um ataque ao destacamento da Guarda Nacional Bolivariana situado em San Antônio de los Altos, no estado de Miranda, perto de Caracas, de onde levou armas de guerra.
Do Portal Vermelho, com AbrilAbril