A proposta foi feita pelo constituinte Diosdado Cabello perante o órgão plenipotenciário com base na defesa da paz, soberania e independência, valores reforçados nas recentes eleições municipais, regionais e de constituintes.
Cabello afirmou que este novo encontro com a democracia, atende à campanha sistemática de ódio contra o povo através de agressões contra a economia, ataques midiáticos e as sanções unilaterais impostas pelos Estados Unidos e a União Europeia (UE) contra o país, que denunciou são ilegítimas e violam o direito internacional.
"Que continuem aplicando sanções, que aqui seguimos aplicando eleições. Este povo tem direito a decidir seu destino", disse o constituinte.
Cabello denunciou que esta política de Washington e dos países europeus afeta a progressiva evolução do Estado de direitos humanos, inclusão e justiça na Venezuela.
Também se convoca pela decisão da oposição de se retirar da mesa de diálogo que acontece na República Dominicana, alegando "desculpas" e não levou em consideração "mais de 400 chamados do presidente Nicolás Maduro a um diálogo franco e produtivo" para "alcançar um acordo de convivência".
O constituinte explicou ainda que a oposição atendeu o roteiro de setores estrangeiros para "facilitar a intervenção boicotando os mecanismos democráticos, constitucionais e eleitorais para resolver diferenças políticas".
"Infelizmente a oposição tem outra agenda e os chefes põem outra agenda para seguir financiando eles. Nós não estamos lutando com os fascistas daqui, estamos lutando contra o imperialismo", advertiu.
O constituinte disse que o povo venezuelano demonstrou elevados valores e princípios para a paz, democracia e independência, com a realização de processos eleitorais convocados pela ANC, órgão que está apto para "adotar medidas sobre as competências, funcionamento e organização dos órgãos do Poder Público com o objetivo de alcançar os altos fins do Estado".
Cabello afirmou que é necessário continuar avançando na consolidação de processos democráticos que permitam resolver as diferenças políticas através de metódos democráticos de participação protagônica, particulamente através das eleições.
O órgão plenipotenciário instou o Poder Eleitoral a estabelecer a data das eleições que vão eleger o próximo chefe de Estado para os próximos seis anos. "Antes de 30 de abril devem ser realizadas as eleições presidenciais".