Durante seu discurso no plenário da 71º Assembleia Mundial da Saúde, que acontece até o dia 26 de maio em Genebra, Parada afirmou que desde 2013 a Venezuela tem sido alvo de uma guerra econômica e de medidas coercitivas unilaterais, que afetam a estabilidade e a saúde dos venezuelanos.
"O bloqueio financeiro impediu a Venezuela realizar operações bancárias para adquirir vacinas e medicamentos, através do Fundo Rotatório e Fundo Estratégico da OPS (Organização Pan-Americana da Saúde), que tem causado atrasos nos planos de vacinação no país", disse.
Parada denunciou que existe um bloqueio das grandes transnacionais farmacêuticas para vender seus produtos à Venezuela.
"No entanto, conseguimos triangular a compra de 25 tipos de medicamentos oncológicos do Uruguai para atender 135 crianças dos serviços de oncologia e hematologia", disse.
A vice-ministra explicou que também foi bloqueada uma conta no exterior com US$9 milhões para comprar insumos para 15 mi pacientes de hemodiálise, tratamento gratutito na Venezuela.
"Denunciamos que fatores imperialistas e intervencionistas fazem chamados a decretar uma suposta crise humanitária. Pedem canais humanitários mas, em vez disso, bloqueiam a possibilidade de adquirir medicamentos e alimentos para o povo venezuelano", destacou.
Novos acordos
Para enfrentar a situação, o governo venezuelano assinou novos acordos com Cuba, Uruguai, Portugual, Rússia, Irã, Índia, Belarus, Palestina, Turquia e China para produzir , adquirir e fornecer de maneira gratutita medicamentos a pacientes com doenças crônicas não transmissíveis e de alto custo.
Além disso, a Venezuela também realiza políticas de distribuição de medicamentos para a população mais vulnerável, como explica uma nota à imprensa da Missão da Venezuela na Organização das Nações Unidas (ONU).
"Nosso país assume 100% do investimento destes tratamentos de alto custo cuja fabricação, venda e distribuição é monopólio de grandes transnacionais farmacêuticas", acrescentou a vice-ministra em representação do Movimento dos Países Não Alinhados (Mnoal), cuja presidência pro témpore é presidida pela Venezuela.
A Venezuela garante o fornecimento gratuito de antiretrovirais de até 12 combinações diferentes, a entrega de medicamentos oncológicos, imunosupressores, hematológicos e hemoderivados. Parada explicou que são entregues mais de 210 princípios ativos de alto custo a mais de 69 mil pacientes registrados em todo o país.