"Tenho elementos, provas de que houve um processo de penetração, de infiltração através da corrupção e dos corruptos da embaixada dos Estados Unidos da América do Norte em postos chaves da indústria petroleira para manejar informação estratégica e para ir permeando processos chaves da indústria", disse Maduro em uma reunião com trabalhadores da Pdvsa transmitida pela VTV.
O presidente venezuelano explicou que o processo de descomposição moral de funcionários da Pdvsa em cargos de alta chefia se traduziu em atividades ilícitas em zonas como a Faixa Petrolífera do Orinoco, em que detectaram roubo de petróleo, manejo de recursos, irregularidades na atividade contábil, entre outros.
"Houve um processo de descomposição grave das autoridades", destacou.
No ano passado o MP reabriu a investigação sobre uma rede de corrupção no setor petroleiro, envolvendo funcionários de alto escalão da Pdvsa. O grupo impulsionou um plano para acabar e implodir a indústria petroleira, diminuindo seus níveis de produção em aliança com empresários.
O MP denunciou Rafael Ramírez como responsável pela rede de corrupção. Entre 2002 e 2014 ele ocupou cargos de alta responsabilidade no setor petroleiro como ministro do extinto Ministério da Energia e Minas e depois no rebatizado Ministério da Energia e Petróleo.
Nesse período —quando também esteve à frente da Pdvsa— ocorreram graves irregularidades que provocaram perdas milionárias à nação, além de afetar a operação da indústria estatal devido aos contratos fantasmas e a sabotagem da produção de petróleo.
Pelos casos de corrupção na indústria petroleira foram detidas 80 pessoas: 22 eram gerentes de alto escalão, incluindo dois ex-ministros e ex-presidentes de filiais da Pdvsa.