O professor de Direito Internacional manifestou à imprensa local estar preocupado pela credibilidade do escritório ao não mostrar neutralidade, nem objetividade, uma metodologia exigida não só ao Alto Comissariado, mas às Cortes de qualquer órgão público que desenvolva uma investigação.
De Zayas comentou que depois de visitar junto à entidade de direitos humanos o país sul-americano em 2017, com o fim de levantar um relatório sobre a realidade existente, os encarregados de redigir o documento final ignoraram as referências realizadas por ele.
'Tanto o escritório como uma série de organizações não governamentais presentes no percurso, queriam de mim uma só coisa, que condenasse o Governo venezuelano como confirmação da existência de uma crise humanitária', denunciou.
Assim mesmo, o especialista assegurou que sua missão em relação à viagem foi conhecer e, se necessário, ajudar a solucionar algum problema de violação dos direitos humanos na Venezuela, ao mesmo tempo, manifestou que exigirá que se escute sua opinião como integrante e ex-secretário do Comitê dos Direitos Humanos, qualificada por De Zayas como favorável.
O manipulado documento resenha os atos de violência política desatados pela oposição venezuelana e seus aliados do Governo dos Estados Unidos entre os meses de abril a julho de 2017, onde faleceram 121 pessoas e outros 1.958 resultaram feridos.
Em declaração emitida a véspera pelo ministro de Relações Exteriores venezuelano, Jorge Arreaza, o Executivo recusou a ingerência do relatório, e qualificou-o como um gesto de menosprezo à institucionalidade e ao marco jurídico internacional.
Sentenciou que o senhor Zeid Raad Al Hussein, Alto Comissário dos Direitos Humanos da ONU, ao apresentar o texto, confirma sua cumplicidade com a agressão multiforme que está em marcha contra a Venezuela, ademais, guarda silêncio em frente ao negativo impacto no desfrute dos direitos econômicos, sociais e culturais gerado pelas medidas coercitivas unilaterais impostas pelo presidente estadunidense, Donald Trump, e ignora a ampla doutrina da ONU sobre este tema.
Não obstante à agressão permanente, o chanceler reiterou o compromisso do Governo com os direitos humanos nos termos estabelecidos na Constituição venezuelana e os tratados internacionais validados, subscritos e ratificados pela nação.
Igualmente, ratificou a disposição de seguir cooperando com os órgãos do sistema de Nações Unidas em matéria de Direitos Humanos, sempre que respeitem a soberania de Venezuela e atuem em apego ao rigor e a verdade.
A seguir, trecho do programa deste sábado (23) em que comentamos o relatório: