Não menos de seis trabalhadores/as morreram e 94 ficaram feridas na sequência da brutal repressão dirigida pelo governo burguês mexicano contra professores e professoras neste domingo (19/06) em Asunción Nochixtlán, Oaxaca, sul do México.
Disparos de fogo real disparados por policiais federais e do estado, cujo número ultrapassava os 800 efetivos, teve como objetivo desocupar uma pista no estado de Oaxaca-México, bloqueada por professores da 22ª seção da CNTE (Coordenadoria Nacional de Trabalhadores da Educação).
Docentes, apoiados por estudantes e outros setores populares, bloqueavam diversos pontos do estado em protesto contra uma reforma educativa promovida pelo presidente Peña Nieto em 2013, que desvaloriza o precariza o trabalho docente, deteriorando a qualidade do sistema público mexicano de educação.
Bombas de gás lacrimogêneo e fogo real foram utilizados pelas forças repressivas, que terá utilizado elementos inflitrados entre os manifestantes para facilitar a brutal ação repressiva.
Manifestantes responderam queimando vários veículos. Segundo a polícia, 25 pessoas foram presas, mantendo-se um grande número de pessoas feridas em estado grave, espalhadas em vários hospitais, como conseqüência das agressões policiais.
Não consta a existência de iniciativas da OEA nem da chamada "comunidade internacional" para condenar ou deter os assassinatos dirigidos pelo governo mexicano contra o seu próprio povo.