O acordo de cessar fogo ainda não é o último passo do processo de paz colombiano, mas é o mais importante porque as Farc se comprometem em baixar as armas e converter-se em movimento político.
“Chegou a hora de viver sem guerra! A hora de ser um país normal! Um país em paz! A paz se fez, por fim, possível e é de todos os colombianos, sem exceção. O pesadelo da guerra se distancia para sempre”, afirmou o presidente Juan Manuel Santos depois de firmar o acordo de paz com o representante das Farc, Timoleón Jiménez.
O porta-voz de Cuba, Rodolfo Benítez, leu o comunicado conjunto número 76 com os pontos em que se chegou a um acordo: cessar fogo e baixar armas; acordos sobre garantias de segurança e luta contra as organizações criminais incluindo as denominadas sucessoras do paramilitarismo e suas redes de apoio; acordo sobre referendo.
O documento estabelece que a partir do primeiro dia vigente do acordo a “Força Pública reorganizará seus esquemas para que as Farc possam retornar e reorganizar-se em 23 áreas do país”.
A partir do 5º dia “serão desalojadas as zonas seguindo as rotas estabelecidas pelo acordo”.
Serão 23 áreas transitórias de normalização que têm como objetivo o baixar armas e a reincorporação da vida civil dos guerrilheiros. Serão oito acampamentos, disse o porta-voz.
As Farc também vão designar 60 integrantes – homens e mulheres – para se movimentarem por diferentes regiões do país a fim de cumprir o acordo. Serão como “fiscais” responsáveis por ajudar na consolidação do processo.