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Diário Liberdade
Sexta, 10 Mai 2019 21:28 Última modificação em Terça, 21 Mai 2019 23:39

Venezuela: administração das migalhas

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País: Venezuela / Resenhas / Fonte: Diário Liberdade

[María Alejandra Diaz*, Tradução de Anisio Pires] O dogma liberal diz que a economia é a arte de administrar a escassez. Seu enfoque mais ruidoso é o neoliberalismo com o mercado como seu mecanismo atribuidor ótimo de recursos, sendo que os preços surgem da oferta e da demanda de bens escassos.

Chávez, com a Constituição Bolivariana, assume a decisão política de uma nova relação dinamizadora econômica: distribuir justamente, expandir a demanda, gerar produção e, com isso, crescimento econômico sustentado. Nessa nova relação econômica, o salário é peça fundamental da luta pelo investimento social estatal.

Hoje, de fato, a luta pelo salário não pode ser senão imediatamente política, geral e igualitária. O terreno privilegiado sobre o qual se movimenta é o do gasto público, o da reprodução total autovalorizante do proletariado (Negri).

Sufoco, asfixia e cerco econômico desde o exterior e, no plano interno, demolição do sistema. Assim, obrigam o Estado Social a desnaturalizar-se, não redistribuindo de forma equitativa e justa a riqueza, gerando miséria e desigualdade novamente.

O FMI, os Abutres investidores, o Cartel de Lima, todos eles cúmplices do bloqueio dos EUA, atacam a moeda, pulverizam o salário, destroem os contratos salariais e o trabalhador, vítima de exploração e hiper especulação nos preços de bens e serviços. Concentram a renda, produzindo desigualdade social sobre a qual se reconstrói a hierarquização vertical do poder (Negri).

Terras e recursos são dos venezuelanos. Por que estamos nesta situação? Convencem-nos de não sermos donos de abundantes riquezas, mas sim mendigos necessitados de assistência humanitária, enquanto aqueles que negociam, cúmplices de piratas e jogadores, saqueiam a nação.

É uma guerra contra os venezuelanos, onde se desrespeita todo contrato, gerando servidão e escravidão, liquidando a soberania e a liberdade. A lógica de conservar o fraco equilibrio do poder na base de uma frágil paz, correndo o risco de perder apoio popular e terminar igual: em mãos da voracidade do capital.

O Estado venezuelano deve proteger o "débil jurídico" (no Brasil usa-se o termo hipossuficiente), evitar a imposição de um regime de administração de migalhas e enfrentar e castigar os cupins, traidores e piratas anglo-sionistas, que destruindo a produção de riquezas e sua distribuição equitativa, cometem crimes de lesa-pátria.

Devemos tornar transparente o que ocorre com nossos bens e serviços mediante sistemas de controle adequados e proteger antes de tudo, a política pública expressada em subsídios e salários dignos, não em migalhas. Transparência e honestidade ou corrupção e destruição do Estado-Nação: esse é o nosso dilema hoje.

(*) Advogada constitucionalista venezuelana, integrante da Assembleia Nacional Constituinte (ANC).

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