Lenin Moreno atrasou o seu discurso televisivo e radiofónico até se sentir em segurança em Guayaquil, mantendo umha posiçom arrogante e determinaçom de impor os aumentos dos preços de combustíveis, a "flexibilizaçom laboral" e outras medidas antipopulares pactuadas com o FMI. O ex-vice de Rafael Correa acusa o ex-presidente de organizar um golpe de estado para tombar o seu governo, mas o certo é que as políticas abertamente reacionárias de Moreno fôrom fermento para a rebeliom em curso, de grande dimensom e radicalidade.
As forças repressivas matárom vários trabalhadores durante as mobilizaçons, mas as marchas de milhares de indígenas continuam o avanço para a capital, onde foi convocada para dia 9 umha greve nacional. Bloqueios de estradas, cantos contra o governo e confrontos com as forças policiais sucedem-se, sem que os veículos blindados consigam deter a maré popular. Vários desses blindados fôrom incendiados polos manifestantes.
As instalaçons petroleiras do país estám também a ser alvo das manifestaçons, com três campos petroleiros, localizados nas províncias de Orellana e Sucumbíos, operados pela empresa pública Petroamazonas com atividade suspensa após serem tomados por grupos de manifestantes, que bloqueárom os acessos e interrompêrom a produçom.
Lenin Moreno decretou o estado de exceçom, detendo quase meio milhar de pessoas nos últimos dias. Porém, o levantamento popular continua. Vale a pena lembrar que três presidentes caírom por idêntico procedimento democrático-popular desde a década de 90: Abdalá Bucaram (1996-1997), Jamil Mahuad (1998-2000) e Lucio Gutiérrez (2003-2005).