A passagem do furacão Matthew já deixou pelo menos 820 mortos no Haiti, informaram as autoridades do país nesta sexta-feira (07/10). Estima-se, porém, que este número seja maior dado que a região sul da ilha está isolada. Até quinta (06/10), as autoridades falavam em 108 mortes.
O número de mortos exato ainda não pode ser calculado já que a região Sul da ilha está totalmente isolada, após o furacão ter destruído a única ponte que a ligava à capital, Porto Príncipe. A agência Reuters fala em 842 mortos; a BBC, em pelo menos 840; a agência Efe, por sua vez, em 820.
Segundo a Agência de Proteção Civil do país, cerca de 61,5 mil pessoas estão em abrigos. De acordo com a ONU, pelo menos 350 mil pessoas precisam de assistência médica ou alimentar no momento.
“Esta é uma situação que está mudando o tempo todo. Acho que nos próximos quatro ou cinco dias, talvez só em cinco dias, nós teremos uma imagem mais clara do impacto [do Matthew] e do número total de mortos”, disse à BBC o diretor no Haiti do World Food Programme, Carlos Veloso.
O Matthew atingiu o Haiti na terça-feira (04/10), provocando fortes chuvas, ventos, inundações e deslizamentos de terra.
Estados Unidos
Chegando nos EUA, o Matthew não atingiu diretamente o Estado da Flórida, por estar caminhando em paralelo ao litoral do país. Entretanto, em decorrência das chuvas, ventos e inundações, mais de 800 mil pessoas estão sem energia.
A principal preocupação do governo norte-americano é com a cidade de Jacksonville, a mais populosa na trajetória do furacão — com mais de 868 mil habitantes — e cujo litoral não conta com barreiras de proteção.
Além da Flórida, os Estados da Georgia, Carolina do Sul e Carolina do Norte declararam estado de emergência devido ao Matthew, classificado como categoria três na escala Saffir-Simpson, cujo máximo é cinco.