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Diário Liberdade
Terça, 04 Abril 2017 17:10 Última modificação em Quinta, 06 Abril 2017 22:48

Venezuelanos realizam nova manifestação em apoio ao governo

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País: Venezuela / Reportagens / Fonte: Diário Liberdade

Na tarde desta terça-feira (4), uma nova manifestação foi realizada em apoio ao governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro, em Caracas, capital do país.

Movimentos sociais organizaram uma passeata que encheu as ruas do centro da cidade.

O protesto foi em apoio à Constituição da República Bolivariana da Venezuela e aos Poderes Públicos do país, repudiando as intromissões nos assuntos nacionais feitas por países membros da OEA (Organização dos Estados Americanos) e pelo próprio presidente da entidade, Luis Almagro.

Além disso, a população presente na mobilização também rechaçou a cobertura tendenciosa e distorcida realizada pelos grandes meios de comunicação venezuelanos e internacionais, que acusam o governo de ter dado um golpe de Estado.

 

 

Não só nas ruas houve manifestação em apoio ao governo. Nas redes sociais, internautas também levaram às tendências mais populares o repúdio às manobras interventoras estrangeiras e da direita venezuelana.

Na semana passada, a OEA executou uma reunião extraordinária convocada por Almagro para tentar excluir a Venezuela da organização até que fossem realizadas novas eleições no país.

O governo venezuelano e outros governos americanos, assim como os movimentos populares daquele país, consideraram a ação uma violação da soberania e do sistema democrático venezuelano, uma vez que vai tanto contra as normas da OEA como contra a Constituição venezuelana. Por isso, a proposta de Almagro acabou não sendo acatada.

Na mesma semana, o Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela decidiu punir a Assembleia Nacional (Parlamento) do país por desobedecer a Constituição desde o início de 2016.

Após as eleições legislativas de 2015, três deputados opositores foram eleitos de maneira fraudulenta, de acordo com o TSJ, por isso não poderiam ser empossados. Porém, a AN empossou os deputados e com isso conseguiu maioria na casa para a oposição, que ganhou faculdades para obstruir diversas medidas do Executivo.

O Tribunal considerou que, ao empossar os deputados, a AN agiu em desacato com as regras eleitorais e com a Constituição.

Com a medida da última quinta-feira (30), o TSJ buscou desobstruir o sistema político venezuelano, assumindo algumas atribuições da AN até que ela cumpra a Constituição.

Isso foi noticiado pelos grandes meios de comunicação venezuelanos e internacionais como se fosse uma medida autoritária e antidemocrática executada pelo governo venezuelano contra a oposição. Entretanto, a maioria da população organizada entendeu como constitucional e, como demonstrado na manifestação desta terça-feira, repudiou mais uma vez as manobras intervencionistas da OEA, da mídia e dos EUA e seus aliados.

A oposição também realizou uma manifestação de rua nesta terça-feira em Caracas. O número de manifestantes foi muito menor que a manifestação pró-governo e contou com a presença de deputados antichavistas.

 

 

A imprensa opositora ao governo publicou que a polícia reprimiu o protesto, dirigido até a sede da Assembleia Nacional. Houve confusão durante a marcha, mas não se sabe se o distúrbio foi provocado pela polícia, pelos próprios manifestantes ou por simpatizantes do governo.

Analistas afirmam que nos últimos dias está sendo executada novamente a estratégia da oposição de provocar violência em pontos isolados para culpar o governo e a polícia e elevar o nível de desestabilização do país aos níveis de 2014.

Um vídeo que circula na internet mostra, no entanto, que a Polícia Nacional Bolivariana (PNB) não agiu de forma violenta durante o protesto desta terça, mas pelo contrário, foi atacada por manifestantes da direita. Tal cena seria impensável em manifestações no Brasil, por exemplo, onde a polícia militar atua fortemente armada e costuma agir com truculência em qualquer manifestação popular.

 

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