O sistema universal de cobertura atual remonta a Constituição de 1988 e a Previdência pública existe pelo menos desde a década de 60.
Valendo-se do falacioso discurso do déficit da Previdência, o governo golpista de Michel Temer, enviou para o Congresso um Projeto de reforma que retirará direitos conquistados historicamente pelos trabalhadores em favor de uma camarilha de ricos, investidores estrangeiros e banqueiros que anunciam voltar a “investir” no País caso a reforma da previdência seja aprovada, como declarou o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, durante uma sessão da comissão especial da Câmara que discute a reforma.
O pano de fundo da reforma é fazer com que o trabalhador perca o direito à aposentadoria uma vez que ficará quase impossível, pelas regras contidas no projeto enviado por Temer, o trabalhador alcançar uma brecha para se aposentar. Uma das maiores maldades da reforma previdenciária é o aumento, de 15 para 25 anos, do tempo mínimo de contribuição, como autônomo, por exemplo, afora a idade mínima que será de 65 anos para homens e mulheres, hoje, respectivamente, são 65 e 60 anos.
Outra perversidade diz respeito ao aumento na regra do tempo de contribuição que passará dos atuais 30 anos para mulheres e 35 para homens para 49 anos de contribuição.
Entre outros ataques aos direitos dos trabalhadores, há ainda a possibilidade de mudança nas regras da aposentadoria dos trabalhadores rurais, dos benefícios assistenciais e do auxílio doença do INSS que o governo já colocou suas “mangas de fora” ao cortar 43 mil auxílios doenças através de um pente-fino com o único intuito de prejudicar os trabalhadores vítimas de acidentes do trabalho.
Toda esta política visa uma brutal expropriação de centenas de bilhões da Previdência, dos recursos subtraídos dos trabalhadores para os cofres dos banqueiros e outros especuladores.
Está claro, portanto, que a reforma tem como objetivo aumentar os lucros de banqueiros, empresas de previdência privada, beneficiados diretamente pela reforma da previdência.
A única maneira de barrar esta e outras reformas é através de uma ampla mobilização dos trabalhadores contra o golpe de estado.