Em São Paulo, rodoviários e metroviários – duas das categorias mais importantes da metrópole – paralisaram suas atividades, ao menos parcialmente. O professorado estadual e municipal também entrou em greve, seguindo a orientação da CNTE. Bancários, trabalhadores da saúde e dos correios também pararam, entre outras categorias. O centro da mobilização é na Avenida Paulista, esta tarde.
Fechamento de ruas, avenidas e rodovias ocorreram em São Paulo e outras cidades. Os grandes meios de comunicação dão destaque negativo à mobilização, criticando-a de todas as formas.
No centro de Belo Horizonte, professores das redes pública e privada saíram às ruas. Trabalhadores do transporte público também não trabalharam hoje, a exemplo da UFMG e da PUC-MG e outras áreas, até mesmo policiais civis e rodoviários.
Metalúrgicos, petroleiros, professores e mais de 60 mil trabalhadores participaram das manifestações em Curitiba, segundo os Jornalistas Livres.
A RUA SE PINTA DE POVO!
— Jornalistas Livres (@j_livres) 15 de março de 2017
60 MIL PESSOAS CONTRA A REFORMA DA PREVIDÊNCIA - CURITIBA#GreveGeral pic.twitter.com/KSinP8NUmI
A Igreja da Candelária, no centro da cidade do Rio de Janeiro, também recebe em seus arredores milhares de manifestantes. Trabalhadores portuários cruzaram os braços, assim como agentes penitenciários, da educação e saúde, estudantes e diversos outros.
No Nordeste, tanto as capitais como cidades do interior participam do dia de greve geral. Em João Pessoa, houve protestos em frente à sede do INSS. Salvador viu pela manhã o fechamento de rodovias, a paralisação de rodoviários e bancários, assim como de escolas estaduais, municipais e particulares.
Salvador há pouco
— Jornalistas Livres (@j_livres) 15 de março de 2017
por Julio Fisherman#QueroMeAposentar #GreveGeral pic.twitter.com/MsShKGpWL4
Centenas de trabalhadores e trabalhadoras foram se manifestar na frente da sede do governo do Amazonas em Manaus. Também na região Norte, 4 mil pessoas foram às ruas de Porto Velho e outras cidades do interior de Rondônia, segundo a CUT-RO. Metalúrgicos, servidores da educação estadual, funcionários da Eletrobras e dos correios paralisaram.
A greve desta quarta-feira é contra as medidas antipopulares do governo de Michel Temer e seus aliados do PMDB, PSDB e DEM. Reforma da Previdência e Reforma Trabalhista são os principais alvos dos protestos, pois rebaixam as condições de trabalho e de vida da classe trabalhadora. As medidas, no entanto, beneficiam grandes empresários, banqueiros, latifundiários e o capital estrangeiro.
Também nesta quarta-feira, a Justiça do Rio Grande do Sul mandou suspender em todo o país a propaganda do governo sobre as reformas, atendendo ação de sindicatos que afirmam que as propagandas são enganosas. Desde que chegou ao poder por meio do impeachment, o governo Temer vem pagando propagandas diárias nos veículos de comunicação que elogiam as reformas propostas.