Aproveitando a data que marca os 53 anos do golpe militar de 1964, os atos lembraram do papel da Globo na manipulação de notícias, informações, na distorção de fatos e nas campanhas políticas desestabilizadoras contra governos democraticamente eleitos e contra os interesses do povo brasileiro, atuando como um verdadeiro veículo de propaganda da burguesia e do imperialismo estadunidense.
O Levante já havia iniciado o ato nesta sexta-feira (31), quando houve grandes manifestações populares por todo o Brasil contra as medidas do governo de Michel Temer.
No Rio de Janeiro, jovens, mulheres e negros tiveram a companhia de sindicalistas, políticos de esquerda, sem teto e sem terra durante o acampamento em frente à sede principal da emissora. Eles passaram a noite por lá e continuaram o ato neste sábado.
Em Brasília, Porto Alegre e Maceió também houve protestos contra a Rede Globo, que foi criada exatamente um ano após o golpe de 1964, como uma espécie de presente ao seu dono, o magnata Roberto Marinho, que apoiou o golpe por meio de seu jornal, O Globo.
Durante a ditadura (1964-1985) a Globo teve um crescimento gigantesco, favorecendo e sendo favorecida pelos militares e empresários que compartilhavam o poder. Desde o final da ditadura, a família Marinho permanece como a mais rica do Brasil, tendo um histórico posterior de sonegação de milhões em impostos, esquemas de corrupção e a contínua e incessante manipulação do noticiário.
A Globo foi o principal motor do recente golpe de 2016, quando a presidente Dilma Rousseff sofreu processo de impeachment por meio do Congresso Nacional. Apesar de não ter ligação alguma com qualquer caso de corrupção, Rousseff sofreu com as notícias que vinculavam e continuam vinculando seu partido, o PT, com a Operação Lava Jato, utilizada para causar um efeito psicológico no público que levasse a repudiar o governo liderado por ela.